Quinta, 25 de Abril de 2024

Contador condenado pela morte da esposa é preso em escritório

17/08/2017 as 13:21 | Guararapes | Regional Press
O contador José Carlos Fernandes Martinho, de 60 anos, foi preso na tarde desta quarta-feira em seu escritório no centro de Guararapes.

Ele estava condenado há 19 anos de prisão acusado de ter matado, com requintes de crueldade e de forma planejada, sua esposa Renata Kelly da Silva Martinho, que na época tinha 32 anos. O crime aconteceu em outubro de 2011 no sítio onde o casal morava, em Guararapes.

O julgamento que condenou Martinho a 19 anos e 20 dias de prisão foi em setembro do ano passado, e ele não foi preso na época porque teve o direito de recorrer em liberdade. Essa semana, apesar de seu advogado ter entrado com novo recurso, foi expedido mandado de prisão.

Em cumprimento a ordem judicial, policiais civis de Guararapes foram até o escritório do sentenciado, onde ele foi preso. Martinho foi levado para a cadeia de Penápolis, onde aguarda transferência para uma penitenciária.

O CASO

Há quase seis anos, em outubro de 2011, conforme denúncia do Ministério Público, o contador decidiu matar sua esposa, com quem estava casado há apenas 10 meses, porque ela queria a separação.

A vítima já havia denunciado o marido por agressão e, de acordo com familiares, além de ser agredida era frequentemente humilhada pelo contador, motivo pelo qual havia desistido do casamento.

No dia do crime, ela estava dentro de casa. Martinho chegou e amarrou o cachorro da família, e em seguida torceu a orelha do animal fazendo com que ele começasse a “chorar”. Renata saiu para ver o motivo da “gritaria” do cachorro e foi surpreendida pelo marido.

Ela foi imobilizada e arrastada até o córrego que passa nos fundos do sítio, onde foi jogada pelo contador. Ele ainda a segurou pelo vestido dentro do manancial, para que ela não escapasse. Laudo da perícia constatou que a mulher morreu por afogamento.

Na época, apesar de ser o único suspeito, ele chegou a negar o crime, mas no final acabou confessando. Ficou preso preventivamente e depois respondeu ao processo em liberdade. O júri chegou a ser adiado duas vezes no decorrer do caso.
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