sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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UnB busca apoio financeiro para instalação de rede sismográfica nacional

Em busca de apoio financeiro do governo para a instalação de uma rede sismográfica nacional, o chefe do Departamento de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Barros, apresentou hoje…

Em busca de apoio financeiro do governo para a instalação de uma rede sismográfica nacional, o chefe do Departamento de Sismologia da Universidade de Brasília (UnB), Lucas Barros, apresentou hoje um projeto a assessores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Barros disse que estão previstas 40 estações sismográficas em pontos estratégicos do território nacional para detectar inclusive tremores de menor intensidade e transmitir os dados em tempo real.

“A rede vai permitir que se possa detectar e localizar automaticamente qualquer sismo que aconteça em território nacional. Hoje, isso fica difícil, a não ser os sismos grandes. Um sismo pequeno que acontece em um lugar e pode ser o prenúncio de um grande, esse sismo precisa ser detectado”, explicou o professor.

O custo estimado de cada nova estação seria de US$ 25 mil. Segundo Barros, os integrantes do GSI mostraram-se dispostos a cooperar. “O GSI se dispôs a nos ajudar, até porque essa conversa vem de algum tempo, e estamos estabelecendo os primeiros entendimentos, outros parceiros poderão surgir.”

De acordo com Barros, existem atualmente cerca de 50 estações sismográficas em todo o país, porém, muito concentradas em algumas regiões, e os dados não são gravados nos pontos de captação, o que causa demora na transmissão dos dados.

O tremor de ontem (22) que atingiu 5,2 graus na escala Richter, o maior registrado no país em dez anos, foi sentido em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. O epicentro do tremor foi o fundo Oceano Atlântico, a cerca de 270 quilômetros da cidade de São Paulo.

O último fenômeno dessa dimensão ocorreu em 1998 na região do município de Porto dos Gaúchos, em Mato Grosso, de acordo com informações do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB).

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