Ontem, quinta-feira, 12, foi realizado em Fernandópolis um encontro promovido pela Associação de Amigos de Fernandópolis para agradecer, ao deputado federal e atual Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Júlio Semeghini. No evento, muitas homenagens, discursos e aquela coisa toda.
Após o homenageado fazer a sua fala, falando de algumas conquistas remotas e outras mais recentes (e isso não vem ao mérito do texto), o presidente da Câmara Municipal de Fernandópolis, o senhor Chico Arouca, fez a pergunta que todo mundo queria saber.
“Júlio, o senhor vai ser candidato a deputado”?
Expressão de poucos amigos a parte, a resposta do secretário foi de que aquele não era o momento para se falar de política, ou seja, não disse nem que sim, nem que não.
Apesar da saia justa, o presidente Chico Arouca fez o que qualquer um ali gostaria de fazer. Muita gente que estava lá presente imaginou que aquela seria a noite do anúncio da candidatura de Semeghini.
Como a confirmação não veio, a questão ainda se faz presente. Júlio Semeghini será ou não candidato a deputado federal?
Antes de continuar o texto, cabe um parêntese. Meus textos são de caráter opinativo, sem conotação jornalística. Qualquer conteúdo contido nele será meu ponto de vista, não informação com pretensão de dar qualquer furo de reportagem. Comente com respeito, e sem ataques pessoais, (na verdade podem comentar o que quiser, só saibam debater com educação).
Hoje, Júlio é um homem do Estado de São Paulo. Um homem que defende a causa paulista, que é hoje a menina dos olhos do PSDB. Quando digo isso, é para deixar claro que o papel dele hoje, não é o de um deputado que trabalha por uma região ou cidade, mais sim o de um secretário de Estado que tem que trabalhar por todos os 645 munícipios de São Paulo. Talvez a falta de compreensão dessa mudança pelos fernandopolenses, além do fato próprio secretário não deixar isso explicito, faz com que existam tantas cobranças e críticas sobre a sua atuação por nossa cidade.
Creio que Semeghini continua como secretário de Estado, contando com a vitória quase certa de Alckmin e a manutenção de seu posto como um dos nomes fortes do governo. E quando eu falo homem forte, é forte mesmo.
Analisando hoje o quadro de nomes do PSDB em São Paulo, nós não vemos tantos nomes assim para a sucessão de Geraldo Alckmin em 2018. José Serra, primeiro nome do partido após o atual governador, não deve ser candidato, principalmente pelos desgastes recentes e a idade já avançada. A partir daí outros nomes são mera especulação, e entre essas especulações, o nome de Júlio Semeghini pode realmente aparecer como um dos cotados a ser candidato ao governo de São Paulo.
O trabalho do PSDB para eleger Semeghini seria semelhante ao do PT para eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo.
Obviamente esse é um exercício de futurologia, mas com toda certeza depois de ontem, os candidatos a deputado federal (especialmente Fausto Pinato e Devanir Ribeiro), ficam um pouco mais felizes com a possibilidade de mais votos disponíveis em Fernandópolis.