A Neuropsicologia é ciência que estuda a interação entre a Neurologia e a Psicologia, investiga o sistema nervoso central (normal e patológico), as relações entre cérebro e comportamento humano e sua decorrente atividade mental, o funcionamento cognitivo (Silva; Torres, 2020). Interage com a Psicometria que, por sua vez, contribui na observação de processos subjetivos por meio da construção e adaptação de instrumentos de medida, desempenhando importante papel no trabalho de reabilitação neurocognitiva e neuropsicológica (Ramos et al., 2023; Schlindwein; Anunciação; Cruz, 2023).
As investigações da Neuropsicologia têm ajudado a esclarecer os mecanismos das doenças neurológicas, transtornos mentais e lesões. Ao elaborar um estudo detalhado do sistema nervoso e analisar o comportamento humano e os processos psicológicos, a Neuropsicologia atua mais frequentemente no estudo das funções mentais superiores, como: atenção, memória, raciocínio, capacidade de julgamento, emoções, controle inibitório, tempo de reação, praxias (atividade motora fina) e sensopercepção (Costa, 2023). Em decorrência, traz informações sobre o funcionamento mental do sujeito, dos comportamentos e cognição, auxilia em diagnósticos e fundamenta o planejamento de intervenções para reabilitação (Dalgalarrondo, 2019; Silva; Torres, 2020).
Outrossim, é importante aferir as principais contribuições da Neuropsicologia na formação de diagnóstico complementar por meio da avaliação neuropsicológica, psicométrica e intervenção clínica nos diversos quadros patológicos provenientes de alterações do sistema nervoso central, bem como no auxílio aos processos de reabilitação cognitiva (incluindo técnicas e procedimento), pesquisa experimental e clínica na presença ou não de patologias. Como área da Psicologia e da Neurociência, a Neuropsicologia reforça seu foco de estudo nas relações entre sistema nervoso central, alterações, funcionamento cognitivo e comportamento (Haase et al., 2012; Silva; Gomes, 2021).
Neuropsicologia: objetivos e contribuições
O surgimento da Neuropsicologia vem associado ao estudo de lesões cerebrais, das funções cognitivas (atenção, memória, linguagem, habilidades visuoespaciais, funções executivas) e das alterações comportamentais, a partir das quais é possível entender a correlação entre o cérebro e sua influência direta nas funções cerebrais, assim como a função indireta entre personalidade e processos emocionais e de comportamento (Pinheiro, 2005; Haase et al., 2012). Assim, os principais objetivos da Neuropsicologia são contribuir para o diagnóstico diferencial em quadros neurológicos e transtornos neuropsiquiátricos, investigar a natureza e o grau das alterações cognitivas e comportamentais, monitorar a evolução de quadros neurológicos e psiquiátricos, tratamentos clínicos, medicamentosos e cirúrgicos e planejar programas de reabilitação direcionados às alterações cognitivas, comportamentais e da vida diária dos pacientes (Capovilla, 2007; Reis, 2019; Winograd; Jesus; Uehara, 2021).
A prática neuropsicológica ocorre por meio de intervenções em consultórios particulares e serviços interdisciplinares, de caráter público e privado, em especial naqueles vinculados a Instituições Públicas de Ensino. A formação e atuação do psicólogo nas práticas neuropsicológicas foram impulsionadas a partir do ano de 2004, quando o Conselho Federal de Psicologia, por meio da resolução 002/2004 (CFP, 2004), reconheceu a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia e passou a conceder registro do título de especialista.
Segundo a Resolução 002/2004, o neuropsicólogo é o profissional que
[…] atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. […] Utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas. (CFP, 2004, Art. 3º)
Segundo o CFP (2022), para obter o título de especialista em Neuropsicologia, o psicólogo deve possuir experiência profissional constatada: (a) por tempo de atuação profissional (dois anos); (b) experiência ou curso de especialização reconhecido, ofertado por Instituição de Ensino Superior credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) ou por Sistemas de Ensino dos Estados e do Distrito Federal (portanto, com conhecimento teórico-metodológico); (c) prova-concurso para concessão de título de especialista promovido pelo Conselho Federal de Psicologia.
Ao manter interface entre Psicologia e Neurologia (Charchat-Fichman; Fernandes; Landeira-Fernandez, 2012; Silva; Gomes, 2021; Ramos et al., 2023), a Neuropsicologia explora a relação entre o cérebro e o comportamento e permite perceber como lesões, doenças e distúrbios cerebrais afetam a forma como as pessoas pensam, sentem e se comportam. Disciplina de base teórica e aplicação prática, clínica e experimental, ocupa-se em descrever as etapas de aquisição e desenvolvimento das habilidades neurocognitivas durante a maturação, período em que o ser humano pode apresentar lesões ou patologias, inatas ou adquiridas, reversíveis, sequelares ou progressivas (Wajman, 2021).
Segundo Hamdan, Pereira e Riechi (2011), a Neuropsicologia aplica conhecimentos provenientes de várias disciplinas acadêmicas no campo das Neurociências (neuroanatomia, neurofisiologia, neurofarmacologia) e da Psicologia (Psicometria, Psicologia clínica, Psicologia experimental, Psicologia comportamental, Psicopatologia, Psicologia cognitiva), e sua aplicação básica se concentra na avaliação e a reabilitação neuropsicológica.
Na área de atuação, a Neuropsicologia apresenta um conjunto de recursos e ferramentas que habilita o neuropsicólogo a desenvolver atividades na pesquisa, no ensino e na área da saúde, como a Neuropsicologia Clínica (Wajman, 2021). O neuropsicólogo tem como principal função avaliar e reabilitar pessoas que tenham sofrido alguma alteração de qualquer função cognitiva, cujo comprometimento pode estar associado a diversas causas, como envelhecimento, comprometimento cognitivo subjetivo leve, demência (doença de Alzheimer que pode estar associada à doença de Parkinson, demência vascular etc.), a danos cerebrais adquiridos, como traumatismo craniano encefálico (TCE), tumores cerebrais, doenças cerebrovasculares (AVC/AVE) e transtornos mentais (Radanovic et al., 2015; Cecato; Galeote; Martinelli, 2018; Jerônimo, 2018; Huang, 2023a).
A principal contribuição da Neuropsicologia está no suporte para o diagnóstico complementar por meio da avaliação neuropsicológica e intervenção clínica nos diversos quadros patológicos oriundos de problemas ou alterações do sistema nervoso central através da reabilitação cognitiva, pesquisa experimental e clínica na presença ou não de patologias. Trata-se de uma área da Psicologia e da Neurociência que estuda as relações entre o sistema nervoso central, alterações, o funcionamento cognitivo e o comportamento (Haase et al., 2012; Silva; Gomes, 2021).
Segundo Dalgalarrondo (2019, p. 55),
A Neuropsicologia investiga as relações entre as funções psicológicas e a atividade cerebral. É de seu particular interesse o estudo das funções cognitivas, como a memória, a linguagem, o raciocínio, as habilidades visuoespaciais, o reconhecimento, a capacidade de resolução de problemas, as habilidades musicais etc. As alterações inicialmente estudadas pela Neuropsicologia foram as afasias (perda de linguagem), as agnosias (perda da capacidade de reconhecimento), as amnésias (déficits de memória) e as apraxias (perda da capacidade de realizar gestos complexos, do saber-fazer).
A apraxia refere-se à dificuldade ou impossibilidade de o sujeito realizar corretamente movimentos gestuais devido a um acometimento neurológico que afeta o planejamento motor, estando ausentes alterações sensoriais, perceptivas, motoras (anteriores à lesão) e de compreensão linguística, como, por exemplo, em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE). A “lesão de uma das áreas cerebrais implicada em determinada função mental superior pode acarretar a desintegração de todo o sistema funcional” (Dalgalarrondo, 2019, p. 57).
A agnosia, identificada como um fenômeno relativamente raro e normalmente afetando apenas um sentido, manifesta-se por “déficits no reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos e fenômenos, que não podem ser explicados por um déficit sensorial elementar, por distúrbios da linguagem e da atenção ou por perdas cognitivas globais” (Dalgalarrondo, 2019, p. 269). Os sintomas das agnosias variam dependendo da região do cérebro lesionada e, para identificá-las, os profissionais (médicos) solicitam que as pessoas afetadas identifiquem objetos comuns pela visão, tato (toque) ou por outro sentido, e fazendo exame físico, testes de função cerebral e testes por imagem (Huang, 2023b).
A Neuropsicologia se tornou área de crescente interesse em psicopatologia e psiquiatria, pelo aumento do uso de modelos neuropsicológicos para o entendimento dos transtornos mentais e pelo aumento da aplicação de testes neuropsicológicos e o estudo de déficits cognitivos em transtornos mentais, como esquizofrenia, depressão, autismo, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) (Dalgalarrondo, 2019). A avaliação e a reabilitação neuropsicológicas são as duas mais importantes áreas de atuação do neuropsicólogo, haja vista que ambas contribuem para a “identificação, documentação e tratamento das alterações cognitivas e comportamentais presentes em diversas situações onde o sistema nervoso central é afetado” (Hamdan; Pereira; Riechi, 2011, p. 48).
Psicometria: sua importância para a Neuropsicologia
Tanto a Psicologia quanto a Neuropsicologia empregam testes, escalas, inventários e instrumentos de medida em processos de avaliação de pessoas, de forma a “operacionalizar dimensões abstratas e complexas de maneira objetiva e padronizada” (Anunciação; Portugal Júnior; Landeira-Fernandez, 2021, p. 340). As medidas aferidas pelos testes se convertem em resultados numéricos que, de forma indireta, representam o fenômeno psicológico avaliado, como, por exemplo, uma habilidade (inteligência, memória), uma característica, um traço de personalidade ou condições afetivas de um sujeito. Todavia Jesus (2010, p. 14) alerta que, se os escores desses testes forem tomados isoladamente, as informações obtidas acerca do estado do paciente podem ser limitadas ou distorcidas, sendo interessante sondar como o paciente soluciona um problema e por que ele não consegue executar certas tarefas, o que pode desvendar aspectos não relacionados a um distúrbio neurológico.
Os resultados obtidos nessas aplicações (testes, escalas, inventários, instrumentos neuropsicológicos de avaliação) sinalizam indicadores estatísticos (percentis e classificações textuais) e ajudam o neuropsicólogo a: identificar e entender o perfil neuropsicológico do indivíduo avaliado; no diagnóstico em saúde mental; investigar possíveis relações ou disfunções entre cérebro-comportamento e estimar sua localização e amplitude/tamanho; monitorar os efeitos de algum tratamento específico em uso de medicação (Melo, 2022a).
A Psicometria tem passado por grandes transformações com a introdução de tecnologias modernas, softwares e novas técnicas de análise de dados, o que implica trazer-lhe métodos inovadores, estratégias e perspectivas, abrindo caminho para novos campos de investigação. Paralelamente, a Neuropsicologia tem visto alavancar o campo das Neurociências, estudos sobre o cérebro, sistema nervoso, redes e conexões com o comportamento. Por isso, não é incomum que Psicometria, Psicologia e Neuropsicologia interajam em diferentes campos e articulem progressos incessantes em Psicologia (Reppold et al., 2015).
A Psicometria tornou-se, destarte, preciosa ferramenta para a Neuropsicologia com efeitos positivos. Ela não é somente um conjunto de técnicas e procedimentos para a construção e validação de testes e instrumentos psicológicos, nem se confunde com Estatística: Psicometria é, no máximo, um ramo da Estatística, e não um ramo da Psicologia. Para a “Estatística, número é Número, não interessa de onde ele vem; mas para a Psicologia (Psicometria) o número é uma representação de conteúdo psicológico, então interessa muito de onde ele vem” (Pasquali, 2017, p. 27).
Assim, a Psicometria, como campo do conhecimento em Psicologia, busca construir evidências que possibilitem ao psicólogo espaços de investigação de modelos teóricos, compará-los, analisá-los, aceitá-los ou refutá-los por métodos quantitativos. Neste sentido, a abordagem psicométrica em muito contribui para a Neuropsicologia quanto à avaliação psicológica, compreensão dos processos cognitivos, construção de evidências, observação de processos subjetivos (verbais – orais e escritos – e não verbais) e aprimoramento de instrumentos de medida, como escalas, questionários, inventários, protocolos de observação e registro, de diferentes formatos de estímulos, itens ou quesitos, como frases, desenhos, figuras, imagens. É importante frisar, porém, que os resultados obtidos em Psicometria servem a propósitos fundamentais, mas, sobretudo, a propósitos complementares no diagnóstico (Jesus, 2010; Schlindwein-Zanini; Cruz, 2018; Anunciação; Portugal Júnior; Landeira-Fernandez, 2021).
As aplicações psicométricas se prestam a três propósitos fundamentais e complementares entre si (Schlindwein-Zanini; Cruz, 2018, p. 53):
a) na aferição das variações de fenômenos psicológicos (observáveis e não observáveis), em contextos específicos e em diferentes sujeitos, por meio de representações conceituais (símbolos, categorias) ou numéricas (números relativos, percentuais);
b) na busca de evidências de validade e precisão de instrumentos de medida […] para mensurar atributos específicos (atitude, atividade mental, estilos comportamentais, por exemplo) [..];
c) na padronização de instrumentos de medida ou procedimentos para medir as variações de fenômenos comportamentais […].
Assim é que a Psicometria representa a teoria e a “técnica de medida dos processos mentais, especialmente aplicada na área da Psicologia”, e procura explicar o “sentido que têm as respostas dadas pelos sujeitos a uma série de tarefas, tipicamente chamadas de itens”, ou quesitos (Pasquali, 2009, p. 993).
A validação construída pela Psicometria é um parâmetro da medida do contexto típico das ciências psicossociais, podendo identificar e validar “tendências antissociais, traços de psicopatias [extraídos de questionários, entrevistas etc.], baixo autocontrole, dependência de recompensas, cinismo, exploração interpessoal, frieza emocional, narcisismo patológico, dominância social, baixa reatividade aversiva”, não sendo pertinente às ciências físicas, cuja preocupação está centrada na precisão (Hauck Filho; Salvador-Silva; Teixeira, 2015, p. 335).
Avaliação neuropsicológica
Por avaliar o comprometimento neurológico pela via do comportamento, a Neuropsicologia ocupa-se com a análise dos distúrbios de comportamento em consequência das alterações da atividade cerebral normal, causadas por doença, lesão ou modificações experimentais. Esses comprometimentos neurológicos referem síndromes genéticas, lesões isquêmicas, acidente vascular cerebral, tumores cerebrais, epilepsias, sequelas por neurotóxicos e traumatismo craniano (Reis, 2019). Quando aplicado à Psiquiatria, embora contribua fortemente com a Psicopatologia, fornecendo novas perspectivas de entendimento da doença mental por meio de uma ampla variedade de testes padronizados e escalas para avaliação das alterações intelectuais nos transtornos mentais, o modelo neuropsicológico apresenta limitações (Dalgalarrondo, 2019).
O processo de habilitação/reabilitação é antecedido por uma avaliação sistemática que considere alguns aspectos como linguagem, sentimentos, pensamentos e formas como o paciente se relaciona com as pessoas e seu ambiente (comportamento). Esse processo visa, essencialmente, à melhoria, ampliação e estabilização das capacidades funcionais do indivíduo em vários níveis ao longo da vida, como participação e desempenho em atividades sociais cotidianas, autonomia, independência na mobilidade, capacidade de autocuidado e de trabalho, ampliação do uso de recursos pessoais e sociais na qualidade de vida e na comunicação. Os ganhos funcionais e simbólicos identificados pela avaliação configuram-se como indicadores centrais da eficácia do tratamento (Brasil, 2014a).
Apesar de a avaliação neuropsicológica promover um entendimento sofisticado e mais preciso dos problemas cognitivos e orientar o delineamento de um programa de intervenção, os testes padronizados nem sempre conseguem responder a perguntas sobre como o indivíduo e sua família são afetados pelos problemas cognitivos, se haverá alguma possibilidade de retorno aos comportamentos anteriores, com autonomia sobre seus ganhos, ou se assistirá a poucas ou insignificantes mudanças sem que estratégias de enfrentamento das dificuldades sejam mobilizadas (Guimarães; Monteiro, 2019, p. 133).
A avaliação neuropsicológica não deve ser compreendida como um processo reducionista ou classificatório, mas como um processo compreensivo da pessoa, por meio do qual se busca a identificação dos déficits ou disfunções e daquilo que está preservado, a fim de aprimorar técnicas diagnósticas e utilização de instrumentos e estratégias de forma a se pensarem programas de intervenções mais adequadas a cada situação. A avaliação neuropsicológica envolve o estudo de dois aspectos: os quantitativos, compreendidos por testes normatizados que permitem identificar desempenhos relativamente precisos, e os qualitativos,
que incluem entrevistas, questionários, entre outros (Jesus, 2010; Brasil, 2013).
A avaliação neuropsicológica quantitativa é realizada pela aplicação de testes psicométricos organizados em baterias, os quais fornecem informações diagnósticas e permitem confirmar ou não as hipóteses iniciais sobre o paciente e delimitar quais funções cerebrais estão afetadas e quais estão preservadas (Serafim; Duarte; Achá, 2015): permitem identificar o rendimento cognitivo funcional a partir de suas relações com o funcionamento cerebral e averiguar a integridade e o comportamento de determinada função cognitiva. Direcionada para as funções cognitivas, a avaliação investiga dimensões como memória, atenção, linguagem, funções executivas, raciocínio, motricidade e percepção, bem como as alterações afetivas e de personalidade (Hamdan; Pereira; Riechi, 2011).
Em síntese, a avaliação neuropsicológica tem por objetivos: a) descrever e identificar alterações do funcionamento psicológico; b) estabelecer correlação neurobiológica com o resultado dos testes; c) determinar possível associação das alterações entre doenças neurológicas ou psiquiátricas; d) desenvolver e fornecer um prognóstico das alterações através do tempo; e) oferecer orientações para reabilitação e planejamento vocacional ou educacional; f) orientar cuidadores e familiares de pacientes; g) auxiliar no planejamento e implementação do tratamento, fomentando a adesão; h) contribuir para planejar o tratamento e acompanhar a evolução do quadro em relação aos tratamentos medicamentoso, cirúrgico e de reabilitação; i) contribuir com elementos (resultados de exames) que permitam elaborar documentos legais empregados em interdições, absolvição ou detenção de pessoas, admissão e afastamentos previdenciários e trabalhistas e indenizações (Neuropsicologia forense); e j) desenvolver a pesquisa científica (Jesus. 2010; Hamdan; Pereira; Riechi, 2011; Oliveira; Nascimento, 2015; Rosa; Frassetto, 2015; Serafim; Saffi, 2015).
O neuropsicólogo tem, à sua disposição, uma diversidade de técnicas e ferramentas de avaliação, como instrumentos de avaliação neuropsicológica, testes padronizados, escalas psicométricas, entre outros, que possibilitam uma avaliação profunda das funções executivas (Haase et al., 2012). Esta avaliação visa conhecer o status do funcionamento cognitivo, comportamental, emocional e funcional; contribuir para o diagnóstico de patologias neurológicas que se apresentam com sintomas cognitivos ou comportamentais; avaliar a evolução do estado da saúde ao longo do tempo, planejar intervenções e desenvolver programas de reabilitação neuropsicológica (Simões et al., 2017). Os instrumentos empregados na avaliação neuropsicológica oferecem importantes resultados, mas são apenas complementares, não podem ser utilizados diretamente para diagnóstico nem funcionam como resultados padronizados (Schlindwein; Anunciação; Moraes Cruz, 2023).
Souza, Alexandre e Guirardello (2017) alertam ainda que, antes de aplicar testes ou utilizar instrumentos de medida, se deve atentar para a escolha de testes e instrumentos adequados e precisos em uma avaliação neuropsicológica, de forma a sustentar a confiabilidade (pela consistência interna) e a qualidade de seus resultados: importa bem conhecer detalhes de tais instrumentos, como itens ou quesitos, domínios, formas de avaliação e propriedades de medida, uma vez que a qualidade das informações fornecida pelos instrumentos depende, geralmente, de suas propriedades psicométricas.
Intervenções neuropsicológicas
A Neuropsicologia utiliza técnicas para elaborar intervenções em casos de lesões cerebrais e comprometimento da cognição do indivíduo e do comportamento, cujo caminho mais indicado é a reabilitação neuropsicológica (Serafim; Saffi, 2015). Tais intervenções têm sido propostas como abordagem dos prejuízos cognitivos, dos déficits emocionais, psicossociais e comportamentais gerados por qualquer dano cerebral ou disfunções (cognitivas, sensoriais e outras) decorrentes de condições psicopatológicas, progressão das doenças neurodegenerativas, como distrofias musculares, sequelas de trauma por violência, como o trauma cranioencefálico (TCE), amplo contingente de sequelados por doença cerebrovascular, obesidade, artropatias degenerativas, fragilidade, síndromes demenciantes (Capovilla, 2007; Brasil, 2013; Guimarães; Monteiro, 2019). A intervenção neuropsicológica contempla dois processos interligados: a avaliação do perfil cognitivo individual, dos déficits e das funções preservadas, e a reabilitação de funções cognitivas (Hazin et al., 2018).
A elaboração de programas de intervenção toma por base a avaliação de: funções receptivas como habilidades de selecionar, adquirir, processar e integrar informações pela visão, audição e somestesia (sensibilidade em diferentes partes do corpo); memória e aprendizagem; organização mental e reorganização da informação; e funções expressivas (meios de veiculação da informação). A reabilitação funda-se em programa de intervenção que, empregando estratégias especificas orientadas funcionalmente, visa recuperar/adaptar uma função cognitiva prejudicada ou perdida (Haase et al., 2012; Souza; Vasconcelos; Martins, 2022; Menezes et al., 2024).
Como atividades, as intervenções podem ser aplicadas para:
- treino cognitivo: conjunto de tarefas padronizadas dirigidas a impactar funções cognitivas específicas com vários níveis de dificuldade; podem ser oferecidas a indivíduos ou grupos em formato impresso ou, sendo possível, computadorizado (Golino; Flores-Mendoza, 2016; Lisboa; Zorzanelli, 2024);
- estimulação cognitiva: inclui atividades direcionadas a pessoas cérebro-lesionadas, idosas, com funcionalidades prejudicadas, que estimulam o raciocínio, a concentração e a memória, geralmente dentro de um contexto social (pode valer-se de recursos computacionais). Exemplos: atividades de orientação temporal (noção de tempo, anos, meses, semanas), espacial (localização no ambiente e no espaço), pessoal (nome, identidade, histórico de vida) e social (reconhecimento de pessoas); atividades adaptadas para idosos (jogos de mesa: dominó, cartas, dama, xadrez, quebra-cabeça); jogo dos sentidos; atividades manuais (modelagem, pintura, desenho com giz de cera/guache, dobradura etc.); atividades de raciocínio (palavras-cruzadas, caça-palavras, ligar figuras/palavras, jogo da memória); bingo de figuras, boliche; atividades de agilidade e equilíbrio com bexigas e bolas; alongamento e exercício físico (com bolas, bambolê etc.) (Brasil, 2014b; Gil et al., 2015; Mariano et al., 2020; Santos; Silva, 2021; Machado; Silva, 2022);
c) reabilitação cognitiva: visa melhorar a função diária e não o desempenho nos testes cognitivos; reúne práticas compensatórias, isto é, não se concentra em restituir determinada função, mas aprimorá-la, como no treinamento cognitivo (Perez, 2013; Santos; Teixeira; Coelho, 2018; Sá et al., 2019; Santos; Silva, 2021; Rocha et al., 2023; Magalhães et al., 2024).
Como prática diária na Neuropsicologia clínica, a atuação do neuropsicólogo pode contemplar tanto a avaliação neuropsicológica quanto as intervenções neuropsicológicas. O profissional geralmente pode contar com programas voltados para transtornos de aprendizagem, déficits atencionais, estimulação da autorregulação e intervenções socioemocionais (Aragão, 2021).
Ao intervir empregando instrumentos clínicos diversos, a Neuropsicologia investiga funções cognitivas (para desenvolver qualquer tarefa: receber, processar e elaborar informações), as funções executivas (para planejamento, organização, tomada de decisões, controle inibitório, regulação emocional, flexibilidade cognitiva, memória operacional e monitoramento do comportamento) e atencionais (identificação e resolução de problemas novos, elaboração de estratégias de ação, execução de tarefas sequenciais etc. – requisito básico à aprendizagem e recurso importante para inibir, monitorar, controlar e executar ações apropriadas) (Fonseca, 2014; Fonseca; Marteleto; Schoen, 2021).
Para Hasse et al. (2012, p. 3), entre as funções neuropsicológicas a serem trabalhadas nos processos interventivos, estão: “atenção, percepção, orientação, orientação autopsíquica, temporal e espacial, linguagem oral e escrita, memória, aprendizagem, funções motoras, praxias, raciocínio, cálculos e funções executivas”, a que podem ser acrescidas as habilidades visuoespaciais (identificação de relações espaciais, reconhecimento e memorização de figuras complexas) e processamento auditivo, funções intelectuais, funções sensoriais receptivas e perceptivas, linguagem não verbal e fluência verbal semântica e fonológica, habilidades visuoconstrutivas (execução de tarefas complexas, atos construtivos em sequência, tarefas psicomotoras etc.) e compreensão verbal, as praxias, dentre outras (Cabral, 2009; Oliveira; Rodrigues, Fonseca, 2009; Prando et al., 2010; Giannecchini; Yucubian-Fernandes; Maximino, 2016; Fonseca; Marteleto; Schoen, 2021).
Vale registrar que praxias são habilidades motoras adquiridas para executar movimentos (caminhar, vestir), uma sequência de movimentos voluntários, ou o conhecimento e utilização das funções dos objetos ou ações motoras a se realizarem. As praxias são funções neuropsicológicas complexas relacionada a sistemas de movimentos coordenados intencionais (Tonietto et al., 2011; Dalgalarrondo, 2019) e representam “o nível mais alto de organização neurológica da espécie humana, na qual os fatores psicomotores de praxia global (macromotricidade) e de praxia fina (micro, grafo e oromotricidade) se integram e se organizam” (Brasil, 2023, p. 149).
As praxias podem ser: a) ideomotora – capacidade de realizar, intencionalmente, um movimento/gesto simples de maneira intencionada (responder a uma saudação, imitar uma ação); b) ideativa: capacidade para manipular objetos por meio de gestos ordenados, o que implica conhecer as funções do objeto, da ação e da sequência dos passos que conduzem à ação; c) facial: capacidade de realizar, de forma voluntária, movimentos/gestos com partes do rosto (lábios, olhos, língua, sobrancelhas, bochechas etc.); d) visuoconstrutiva: capacidade de planejar e realizar os movimentos para organizar elementos no espaço, formar desenho ou figura (Giannecchini; Yucubian-Fernandes; Maximino , 2016; Oliveira; Almeida; Paes, 2020; Brasil, 2023). Geralmente, são empregados testes para avaliar as habilidades visuoconstrutivas servindo como rastreio cognitivo de componentes, habilidades motoras, dimensões espaciais e funções executivas (Holz et al., 2018).
Dalgalarrondo (2019) ainda menciona outras funções e dimensões mais recentemente estudadas pela Neuropsicologia, a serem atendidas nas intervenções, como as habilidades musicais (discriminar tons e melodias, ritmo, harmonia etc.), atenção sustentada e seletiva e funções conceituais (formação de conceitos, desenvolvimento de raciocínios, pensamento lógico, habilidades aritméticas etc.).
Ao elaborar os programas de intervenções, o profissional neuropsicólogo deve ter em conta que o indivíduo, no seu relacionamento com o meio, se move no espaço com desenvoltura, habilidade e equilíbrio. Por isso, deve dominar gestos e manusear instrumentos, ou seja, desenvolver as praxia grossa (movimentos de todo o corpo) e fina (movimentos específicos do corpo – precisão motora e visuomotora), ambas de extremo vaxlor para o desenvolvimento do corpo, já que referem habilidades motoras (psicomotricidade) e sobre as quais se realizam as ações interventivas. Nestas ações, são trabalhadas as interações com o meio, os desenvolvimentos motor, afetivo, cognitivo e social, por meio de atividades sensoriais, motoras, de equilíbrio, agilidade, lateralidade, coordenação motora, jogos, memória e percepção espaço-temporal, entre outras, de forma a atuar diretamente nos domínios emocionais, psicológicas, intelectuais e sociais (Mesquita et al., 2019; Bragança, 2021).
REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA
A reabilitação neuropsicológica atua na abordagem, assistência e tratamento dos pacientes com alguma disfunção neuropsicológica devido a traumas cerebrais, tumores, acidente vascular cerebral ou derrame (AVC/AVE), doenças diversas, problemas no desenvolvimento, de aprendizagem e outras condições neurológicas (Haase et al., 2012). Os neuropsicólogos, muitas vezes, atuam em equipes multidisciplinares, aplicando técnicas, estratégias, instrumentos e atividades que estimulem uma ou mais funções cognitivas. Habitualmente, como primeira etapa, o paciente passa por um processo de avaliação neuropsicológica com um neuropsicólogo cognitivo e, posteriormente, é conduzido à reabilitação (Massalai; Pereira, Coutinho, 2024). Os recursos atuais da Neuropsicologia, quando solicitados, são aplicados por educadores, psicólogos, neurologistas, neurocirurgiões, psiquiatras e profissionais de áreas afins (educação, saúde), ou equipes desses profissionais que trabalham com pessoas que trazem queixas cognitivas (Reis, 2019).
Os domínios da Neuropsicologia, porém, não se quedam na identificação das causas e consequências, nos exames e no diagnóstico como conjunto de ações próprias à avaliação (Santos, 2005; Wajman, 2021): vão além e perpassam os campos das terapêuticas, ou melhor, dos programas de reabilitação que atendem pacientes com comprometimento neurológico ou pacientes insertos em quadros psiquiátricos e déficits de aprendizagem – razão por que a Neuropsicologia é uma ciência interdisciplinar que, nos dias atuais, assume o caráter transdisciplinar e envolve as ciências humanas, biológicas e recursos da engenharia biomédica, com produção de instrumentos tecnológicos de pesquisas e de investigação dos mecanismos cerebrais do comportamento (Reis, 2019).
A reabilitação neuropsicológica tem por objetivo capacitar o indivíduo a desenvolver um bom nível de funcionamento social, físico e psíquico, maximizando as funções cognitivas pela promoção do bem-estar psicológico, das habilidades na vida diária, da qualidade de vida e do relacionamento social (tratamento biopsicossocial) a envolver paciente, seus familiares e ambiente (Santos; Moura Haase, 2008).
A reabilitação neuropsicológica compõe-se de um conjunto de procedimentos e técnicas cujo objetivo é “intervir em um ou mais processos cognitivos, emocionais e comportamentais buscando um melhor desempenho e funcionalidade do sujeito” (Pereira et al., 2023, p. 24). É processo que incorpora atividades e intervenções terapêuticas planejadas para as demandas de cada paciente, no intuito de auxiliar no tratamento de eventuais alterações cognitivas (atenção, memória, raciocínio e outras habilidades cognitivas) e de comportamento decorrentes de lesões ou disfunções cerebrais (Pontes; Hübner, 2008; Brasil, 2015).
Trata-se, pois, de restaurar, pela atuação multiprofissional e interdisciplinar, as funções deficitárias ou danificadas por lesões. Compõe-se de um conjunto de medidas que auxiliam as pessoas com transtornos, lesões ou deficiências em âmbito neurológico a reconquistarem ou manterem as funcionalidades, pelo menos, próximas às funcionalidades ideais (física, sensorial, intelectual, psicológica e social), interagindo com seu ambiente e buscando a independência e a autodeterminação. As intervenções visam fornecer “treinamentos de habilidades de vida e ensinam estratégias de enfrentamento, que podem melhorar os desfechos funcionais e a satisfação pessoal com a vida” (Brasil, 2015, p. 90). Em linhas gerais, a reabilitação neuropsicológica visa capacitar pacientes e familiares a lidar com as deficiências e incapacidades, aprender a compensá-las, reduzi-las ou superá-las com base e na aprendizagem da natureza das deficiências e dos meios para satisfazer às demandas da vida cotidiana. (Brasil, 2015).
Como parte da reabilitação neuropsicológica, a reabilitação cognitiva é atuação clínica voltada a desenvolver e aplicar recursos, estratégias e instrumentos em busca da melhora da capacidade de indivíduos cérebro-lesados para processar e usar informações em favor de uma vida mais autônoma e satisfatória (Santos; Teixeira; Coelho, 2018). A reabilitação cognitiva tem por objetivos: reduzir as dificuldades cognitivas, melhorar ou amenizar as alterações do comportamento, retardar a progressão da doença e do declínio funcional, melhorar a autoestima e qualidade de vida do paciente (Pontes; Hübner, 2008; Sá et al., 2019; Silva; Nogueira, 2022). Todavia, isso depende da ativação das funções cognitivas preservadas, possibilitando a compensação das funções afetadas (plasticidade cognitiva). O processo inclui: anamnese, entrevistas com familiares, avaliação cognitiva, planejamento de ações (atividades de atenção, memória e raciocínio, jogos, pintura etc.) e tratamento singular.
A reabilitação cognitiva é, pois, um importante componente da reabilitação neuropsicológica (Santos; Teixeira; Coelho, 2018; Ribeiro; Freitas, 2019; Santos; Silva, 2021) e busca a “recuperação do paciente ao mais alto nível psicológico, físico e social possível […] através da estimulação cognitiva e da melhora na aprendizagem” por meio de tarefas repetidas com frequência que estimulam “mudanças neuronais alterando as sinapses e o número de conexões” (Scheffer; Klein; Almeida, 2013, p. 55).
Brasil (2015, p. 92-93) traz as principais diretrizes gerais para a atuação do profissional e sugere algumas estratégias para lidar com os efeitos cognitivos e comportamentais resultantes da lesão neurológica, aplicáveis a diferentes funções cognitivas e domínios comportamentais: foco em contextos significativos (contextos relevantes para o sujeito) e família, amigos e rede social (pessoas significativas, do convívio cotidiano da pessoa, com vínculo familiar, de amizade e companheirismo, que compõem a rede social de cada sujeito e estão envolvidas nos programas de reabilitação).
Inicialmente, a equipe de reabilitação deve proceder a uma investigação detalhada da dinâmica familiar e da rede de apoio da pessoa com comprometimento neuropsicológico para, em seguida, conceber um projeto de reabilitação que respeite o curso de vida, fomente reaprendizagens contextualizadas e restabeleça habilidades ou desenvolva a reposição e manutenção de potencialidades perdidas ou afetadas.
A proposta deve ser pensada considerando: a) autoestima (evidenciada em todos os contextos: escolar, familiar, relacionamentos sociais, vida profissional, entre outros, para engajamento significativo e prazeroso no programa de reabilitação e melhor desempenho da pessoa afetada; habilidades de b) automonitoramento e estratégias cognitivas: implica compreender o próprio comportamento e as dificuldades decorrentes de uma lesão cerebral, para controle da impulsividade e a resolução de conflitos cotidianos por meio de estratégias singulares bem direcionadas; c) atenção: favorecer a melhora atencional, desenvolvida do nível mais simples para o mais complexo, estimulando atividades vivenciadas pela pessoa e pela família, d) memória: diante de perda parcial ou total da capacidade de reter e evocar informações, empregar estratégias ou mecanismos, como recursos mnemônicos para relembrar fatos pessoais, reconstruir sequência dos fatos, usar formas de registro (fotos, palavras, imagens, áudio) para eventos importantes, incluir o uso de possíveis ferramentas de registro e alerta (relógio, celular) para certas situação (medicação, compromisso pessoal etc.); d) manejo antecedente do comportamento: as modificações no ambiente físico e social previnem/minimizam comportamentos indesejáveis e ampliam os comportamentos adaptativos; também se recomenda ajustar o ambiente às novas demandas, o que facilita a autonomia e as interações sociais da pessoa (Brasil, 2015).
Não se dispensa, porém, refazer, sistematicamente, as avaliações das rotinas implementadas e do estado interno do sujeito, identificar situações de risco associadas a problemas de comportamentos. Monitorar as tarefas do cotidiano do paciente é extremamente importante quando se pretende alcançar o retorno a uma vida independente e executar atividades diárias (laboral, de estudos, administração de recursos pessoais), com adesão, ajuda e ativa participação da família (Manzine; Pavarini, 2009).
Cada vez mais, a “reabilitação neuropsicológica e a psicoterapia cognitivo-comportamental têm apresentado características em comum” (Oliveira, 2024, p. 14). A Neuropsicologia exerce papel fundamental na reabilitação neurológica, na recuperação funcional, emocional e comportamental, na maximização da qualidade de vida e na promoção da independência dos indivíduos afetados, além de contribuir para a compreensão dos déficits cognitivos e emocionais provocados por lesões cerebrais ou condições neurológicas (Pontes; Hübner, 2008; Santos; Teixeira; Coelho, 2018). Ela favorece o desenvolvimento de estratégias individualizadas efetivas de tratamento e possibilita a recuperação dos pacientes (Díaz-Rodríguez, 2011; Haase et al., 2012): uma reabilitação bem-sucedida indica que a pessoa é capaz de lidar com os desafios da sua vida quotidiana, isto é, a reabilitação torna possível o retorno à vida do dia a dia, com a reutilização do corpo, do movimento contínuo, do desafio e da independência nas atividades da vida diária (Tholl et al., 2020).
Merecem destaque algumas áreas em que a Neuropsicologia contribui com papel importante e mesmo decisivo na reabilitação neurológica:
a) funções cognitivas: um dos aspectos crucias das intervenções da Neuropsicologia direcionado às funções cognitivas afetadas: abrange a memória e gnosias (visuais, auditivas, táteis, olfativas, gustativas, esquema corporal), atenção, linguagem, habilidades visuoespaciais, funções executivas etc. As intervenções incluem: estimulação neuropsicológica, estratégias compensatórias, treinamentos cognitivos e outras abordagens (Perez, 2013; Fonseca, 2014; Dalgalarrondo, 2019; Huang, 2023b; Lisboa; Perissinotti, 2024);
b) avaliação e diagnóstico precisos: testes e avaliações (instrumentos específicos) identificam e ponderam os déficits cognitivos e emocionais vinculados a lesões cerebrais ou doenças neurológicas – o que permite traçar um perfil original das dificuldades de cada paciente, reconhecer áreas de funcionamento preservadas e áreas exigem intervenção (Capovilla, 2007; Pontes; Hübner, 2008; Winograd; Jesus; Uehara, 2012; Wajman, 2021);
c) intervenções terapêuticas: com base na avaliação neuropsicológica, o neuropsicólogo, em conjunto com outros profissionais de saúde (fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos etc.), elabora e desenvolve programas de reabilitação personalizados e estratégias de intervenção adaptadas às necessidades específicas de cada paciente, com vistas a recuperar ou minimizar os déficits cognitivos e emocionais (Charchat-Fichman; Fernandes; Landeira-Fernandez, 2012; Guimarães; Monteiro, 2019). A intervenção neuropsicológica contempla o processo de avaliação e a reabilitação neuropsicológica (Pontes; Hübner, 2008; Haase et al., 2012);
d) independência funcional e qualidade de vida: um dos mais importantes objetivos da reabilitação neuropsicológica, para auxiliar o indivíduo a recuperar ou adaptar-se às suas dificuldades, estimular a autonomia, melhora da autoconfiança e estratégias de enfrentamento dos desafios cotidianos, promove participação nas atividades da vida diária e evita sentimento de frustração, depressão e sintomas de ansiedade, agravos à qualidade de vida pela perda da independência (Prusokowski et al., 2012; Fiorotto; Barroso, 2015; Geraldo et al., 2024; Oliveira, 2024);
e) suporte emocional: no decurso da reabilitação, o neuropsicólogo ajuda o paciente a compreender e gerenciar as emoções afetadas, disponibilizando estratégias para superar os efeitos da lesão cerebral ou da condição neurológica, como ansiedade, depressão, medo excessivo, tristeza e desânimo, desatenção que, porventura, possam aparecer (Couto et al., 2017; Silva; Torres, 2020);
f) ajustes terapêuticos: efetuados por meio do contínuo acompanhamento emocional e cognitivo do paciente ao longo do processo de reabilitação (Fiorotto; Barroso, 2015). Envolve monitoramento dos avanços e progressos obtidos, reavaliações e ajustes nas estratégias terapêuticas empregadas, implica abordagens adaptativas, individualizadas, para extrair o potencial máximo de recuperação; contribui na manutenção da independência funcional do afetado (Brasil, 2013; Simon; Ribeiro, 2011; Souza; Silva; Barros, 2023).
Assim, baseada na avaliação dos processos ou funções deficitários e preservados traçando um perfil neuropsicológico de cada caso, a reabilitação neuropsicológica cuida dos transtornos ou distúrbios neuropsicológicos ou neuropsiquiátricos do desenvolvimento, em diferentes níveis de comprometimento de funções (memória, atenção, transtornos de linguagem e de aprendizagem, funções executivas, habilidades perceptivo-motoras etc.) e busca recuperar uma função cognitiva prejudicada ou adaptar o paciente aos déficits adquiridos (Díaz-Rodríguez, 2011). Para a reabilitação cognitiva concorrem, cooperativamente, profissionais da saúde, familiares e membros da comunidade para minimizar os déficits cognitivos e os danos cerebrais. São requisitos essenciais uma avaliação neuropsicológica completa e o conhecimento de modelos cognitivos para o processo de reabilitação (Haase et al., 2012; Prusokowski et al., 2012; Hazin et al., 2018; Lara, 2021).
Técnicas e procedimentos – testes e escalas
Entendida como interface entre a Neurociência e a Psicologia cognitiva (Wajman, 2021), a Neuropsicologia cognitiva está focada na relação entre cérebro e comportamento, e a reabilitação neuropsicológica emprega técnicas e procedimentos aplicados na maioria dos tratamentos (Pontes; Hübner, 2008; Hamdan; Pereira; Riechi, 2011; Rosa; Frassetto, 2014; Santos, 2019; Lara, 2021). No entanto, as intervenções clínicas não seguem determinada ordem, podendo variar de um sujeito para outro, nem são padronizadas, ficando sob a responsabilidade do terapeuta optar pela técnica e procedimento mais adequados e o momento oportuno a aplicar.
Entre as técnicas ou procedimentos à disposição do neuropsicólogo podem ser elencadas: treino cognitivo (prática de exercícios para atenção, memória, funções executivas etc.), treino de tarefas específicas (simulação de situações desafiadoras ao paciente), técnicas para introdução de estratégias compensatórias (adaptações ambientais, auxílios por agenda, alarme etc.), associações mnemônicas (recordar nomes, placas de veículos), recursos tecnológicos (tecnologia assistiva), entre outros. O objetivo é desenvolver potencialidades individuais, minimizar dificuldades e criar situações e condições que favoreçam a maior independência possível para as situações e tarefas do dia a dia.
Pereira et al. (2023, p. 34) também reforçam a sugestão de diversas técnicas associadas às estratégias terapêuticas para a reabilitação neuropsicológica, entre as quais se destacam:
a) psicoeducação; b) terapia, apoio e aconselhamento; c) treinamento, exercícios e estratégias de estimulação e/ou compensatórias; d) modificação do ambiente; e) disponibilização de recursos e de tecnologias assistivas; f) orientação para os diversos agentes envolvidos quanto à funcionalidade e atividades da rotina em diferentes contextos (escola, trabalho, domicílio).
Todo o processo de reabilitação deve ter monitoração contínua, seguindo medidas delineadas no plano de reabilitação, de forma a possibilitar alterações de metas e adequações de estratégias durante sua implementação. Também é fundamental considerar outras técnicas que contribuam para a regulação emocional (estabilidade, percepção das dificuldades da reabilitação neuropsicológica) e autoconhecimento do cliente, além de contar com apoio de seus familiares e outras estratégias significativas (psicoterapia individual ou em grupo, aconselhamento e terapia de apoio), o que tende a possibilitar a adesão e cooperação no enfrentamento das limitações impostas pela doença/deficiência (Pontes; Hübner, 2008).
O CFP (2023) também inclui, no rol de requisições para o trabalho de reabilitação, a formação adequada do neuropsicólogo que precisa abordar as diversas práticas de intervenção neuropsicológica que utilizam diferentes equipamentos (tablets, smartphones, computadores) e técnicas (treinamentos cognitivos computadorizados, programas de realidade virtual etc.), além de sempre manter informações atualizadas acerca de seu trabalho.
Nesse sentido, destaca-se que a formação do neuropsicólogo que atua em processos de reabilitação neuropsicológica requer a apreensão e o conhecimento de diferentes bases teóricas e competências técnicas, como conceitos da Psicologia Clínica com “papel fundamental, particularmente nos processos de engajamento, aceitação das limitações e reconstrução da identidade durante a reabilitação” (Pereira et al., 2023, p. 37). Some-se a essa competência a necessidade de conduzir o cliente na aquisição de estratégias de aprendizagem e controle, como mecanismos que facilitam e aumentam o potencial do uso da função cognitiva pelo próprio paciente, ao mesmo tempo em usa aparelhos, instrumentos, recursos ou tecnologias assistivas que auxiliam o cliente a executar suas atividades de modo a minimizar os efeitos de prejuízo cognitivo.
À vista do exame neuropsicológico, cabe ao terapeuta desenvolver tarefas a serem executadas pelo paciente para ter acesso a diferentes domínios cognitivos, empregadas no aliciamento de comportamentos do paciente, e analisar os fenômenos observados e sua relação com a queixa principal, a história clínica, a evolução de sintomas, os modelos neuropsicológicos acerca do funcionamento mental e o próprio conhecimento de psicopatologia (Winograd; Jesus; Uehara, 2012; Wajman, 2021). Na avaliação neuropsicológica, que tenha em mente seus quatro pilares: a entrevista, a observação comportamental, os testes cognitivos e as escalas de avaliação dos sintomas, a nortearem a leitura e a avaliação dos dados: os testes representam tão somente um meio de investigação, mas jamais um fim em si mesmo (Melo, 2022b).
É válido destacar que o exame neuropsicológico é peça chave para identificar síndromes neurológicas clássicas (como afasias, amnésias, apraxias, agnosias, negligência unilateral, síndromes frontais) e aventar hipóteses sobre sistemas neurais comprometidos ou preservados, a serem consideradas pelo médico à luz de outros exames complementares (Malloy-Diniz et al., 2016; Fonseca; Marteleto; Schoen, 2021; Melo, 2022a).
O primeiro passo para o exame psicológico, todavia, parte da identificação clínica do paciente, isto é, de uma entrevista abrangente (paciente e familiares) e da observação do comportamento do paciente em ambiente de consultório (Tavares, 2012; Malloy-Diniz, 2016; CFP, 2022; Melo, 2022b). Na entrevista, avaliam-se: objetivo do exame, caracterização sociodemográfica do paciente, surgimento e evolução dos sintomas, condição do paciente anterior aos sintomas, desenvolvimento da cognição e do comportamento ao longo da vida (acadêmico, existência de diagnóstico prévio, limitação sensorial ou motora, uso de drogas ilícitas ou medicação). Na entrevista clínica, contemplam-se aspectos relacionados às queixas e aos sintomas atuais do paciente, o curso clínico desses sintomas e suas repercussões sociais e funcionais, as histórias de desenvolvimento e de saúde do paciente e os aspectos sociodemográficos, familiares e culturais (Malloy-Diniz et al., 2016; Melo, 2022a).
Passa-se, em seguida, à etapa de aplicação dos testes. Como a Neuropsicologia permite a utilização de diferentes testes a serem aplicados na análise de pontos específicos, é importante atentar para a seleção dos testes e a escolha das escalas de rastreio para complementar as informações obtidas pelos testes, além de garantir parcimônia na seleção das tarefas que sejam relevantes para as hipóteses a serem testadas (Goulart; Chiari, 2007; Melo, 2022a).
Aconselha-se a evitar instrumentos considerados fáceis o suficiente que mascarem déficits em indivíduos com melhor nível cognitivo, o que acaba por minimizar a validade e a eficiência da avaliação. Da mesma forma, as escalas de avaliação de sintomas são úteis para complementar os dados obtidos nos testes, pela sua consistência interna, estabilidade temporal e por permitirem discriminar populações com perfis psicopatológicos diferentes. Evitem-se escalas de autorrelato que podem comprometer os resultados por: a) falta de insight (o paciente não sabe informar bem sobre seus sintomas); b) influência da necessidade de aceitação social; c) ganhos secundários potenciais na existência de déficits (como em escalas preenchidas por familiares ou outras pessoas de convívio odo paciente); d) nunca elaborar diagnóstico com base em resultados isolados dos testes, mas pelo conjunto total dos seus resultados (Yoshida et al., 2007; Oliveira; Rodrigues; Fonseca, 2009; Hauck Filho, Salvador-Silva; Teixeira, 2015; Lima-Costa; Bonfá-Araújo, 2022).
Deve-se, no entanto, frisar que, por não medirem funções específicas, os testes neuropsicológicos podem expor algumas dificuldades: o fraco desempenho em um teste não revela, necessariamente, um déficit neuropsicológico específico. Exemplificando: o mau desempenho em um teste visuoespacial pode provir de um déficit visual ou da integração de informações visuais, da agnosia visual e sobreposição de funções neurocognitivas. De forma semelhante, um desempenho anormal em um teste neuropsicológico não representa, necessariamente, uma disfunção cerebral específica, porque pode ter origem em múltiplos fatores, alguns inespecíficos (Hamdan, 2011; Haase et al., 2012; Dalgalarrondo, 2019).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Neuropsicologia é ciência que investiga as relações entre o cérebro e o comportamento humano e sua decorrente atividade mental, bem assim as disfunções cerebrais decorrentes de doenças neurológicas, transtornos mentais e lesões. Pode ser considerada como um exame do funcionamento cerebral, visando mostrar e detalhar os efetivos de lesões ou disfunções do cérebro sobre o comportamento e a cognição do sujeito. Este estudo buscou possibilitar o conhecimento da Neuropsicologia, sua aplicabilidade e contribuições, com destaque para sua importância no campo da saúde neurológica e do comportamento.
Outrossim, a Neuropsicologia é processo ativo no sentido de possibilitar ao paciente o desenvolvimento de um bom nível de funcionamento psíquico, físico e social, servindo-se de um tratamento biopsicossocial que envolva paciente, familiares e comunidade (sociedade), posto que, vivendo em grupo, o paciente afetado por alguma condição neurológica desfavorável apresenta alterações físicas (objetivas) e cognitivas (subjetivas), expostas no ambiente em que está inserto. O apoio e suporte familiar e social estimulam a adesão e a cooperação, no sentido de permitir ao capacitar-se a enfrentar as limitações impostas pela patologia, lesão ou deficiência.
Para a avaliação do status psíquico e comportamental, a Neuropsicologia elabora testes e escalas aplicáveis individualmente. Ao trabalhar em interface com a Psicometria, utiliza instrumentos psicométricos adaptados a cada caso, comparados a paradigmas validados, visando proporcionar um diagnóstico mais preciso e adequado ao tratamento e permitir intervenções pontuais e singulares.
Em seu estágio atual, a Neuropsicologia representa importante ferramenta de apoio aos profissionais das clínicas médicas, psicológicas, neuropsicológicas, pedagógicas e da área de pesquisas, contribui com expressivo aporte para diagnóstico e tratamento clínico, neuropsicológico (aqui incluso seu principal objetivo, a recuperação e a preservação cognitiva) e psicopedagógico, tendo como meta a reabilitação das lesões ou adaptação do paciente, no mais alto nível de adaptação possível, aos déficits adquiridos e a preservação de sua melhor qualidade de vida
O trabalho de reabilitação cognitiva é produzido por processo em que profissionais da saúde, familiares e membros da comunidade trabalham juntos, cooperativamente, de forma a remediar ou minimizar os déficits cognitivos e os danos cerebrais e alterações comportamentais, por meio de uma avaliação neuropsicológica completa tendo por base o conhecimento de modelos cognitivos para o processo de reabilitação.
Além disso, o processo de reabilitação deve ter monitoramento contínuo, com observância das medidas delineadas no plano de reabilitação e, simultaneamente, abrindo a possibilidade de alterações e adequações de estratégias durante o processo de reabilitação, inclusive considerando a inclusão de outras técnicas significativas (como psicoterapia individual ou em grupo, aconselhamento, terapia de apoio) que favoreçam a regulação emocional e o autoconhecimento do paciente.
O que, fundamentalmente, busca a Neuropsicologia é o bem-estar físico e psicológico com a retomada das funcionalidades perdidas ou prejudicadas e maximização das habilidades ou capacidades ainda preservadas para o convívio social, para a execução das atividades da vida diária e melhor qualidade de vida.
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