O São Paulo teve um prejuízo recorde no ano passado, como confirmou balanço publicado pelo clube nesta quinta-feira: R$ 100,1 milhões negativos no período. Além de empréstimos bancários, gastos com futebol e impostos, o time tricolor sofreu com uma queda de receitas, em relação à temporada anterior: foram quase R$ 110 milhões de diferença.
A principal diminuição foi no quesito de venda de jogadores: em 2013, o clube conseguiu R$ 147 milhões, sendo a transferência de Lucas para o PSG determinante para se chegar a esse valor, enquanto em 2014 o valor arrecadado foi de R$ 40 milhões.
As receitas com estádio e patrocínio também caíram bruscamente: a bilheteria diminuiu de R$ 25 milhões para R$ 20 milhões, a venda de camarotes caiu de R$ 16,7 para R$ 12 milhões, e o dinheiro com publicidade foi de R$ 33 milhões para R$ 22 milhões – a equipe não conseguiu renovar contratos com as empresas que estampavam seus nomes na camisa.
O programa de sócio-torcedor, apesar de ter aumentado o número de adesões, manteve-se com a mesma arrecadação: cerca de R$ 7 milhões.
As despesas também foram maiores, com aumento de endividamento bancário em 62%: os gastos subiram de R$ 339,3 milhões para R$ 353,5 milhões. O custo com pagamentos de salários para a base e o profissional aumentou de R$ 62,9 milhões para R$ 72,1 milhões.
O próprio relatório de avaliação das contas aponta os culpados: redução da receita proveniente da venda de jogadores profissionais, o alto custo da manutenção da dívida bancária e as obrigações firmadas com atletas em contratos anteriores à gestão atual.
Mesmo diante desta avaliação, a diretoria gastou R$ 38,8 milhões na contratação pontual de Allan Kardec, Michel Bastos, Souza, Thiago Mendes e Alexandre Pato.
