quinta, 26 de dezembro de 2024
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Presas por torturar menino de 8 anos são encaminhadas a presídio

Estão presas temporariamente na cadeia feminina de Nhandeara a dama de companhia C.R.D.S.N., 33, e a empregada doméstica J.P.D.S.A., 26, presas pela Polícia Militar no final da tarde da última…

Estão presas temporariamente na cadeia feminina de Nhandeara a dama de companhia C.R.D.S.N., 33, e a empregada doméstica J.P.D.S.A., 26, presas pela Polícia Militar no final da tarde da última quinta-feira (30/5), suspeitas de terem torturado um menino de oito anos, em Bálsamo.

A prisão temporária, de 30 dias, foi decretada a pedido do delegado Jairo Garcia Pereira.

O crime aconteceu no dia 18 de maio, por volta das 19 horas. Segundo o delegado, C. foi até a casa da amiga J., mãe da vítima e de outro menino de três anos, localizada no Centro do município e obrigou o filho da amiga a ajoelhar-se, por mais de uma hora, sobre grãos de arroz. O menor também foi forçado a ficar todo o período olhando para uma parede, além de comer meio copo de arroz cru misturado com óleo de soja.

A severidade foi motivada porque o menino havia misturado o óleo em uma lata de arroz de cinco quilos. Ainda de acordo com o delegado, a mãe do garoto estava embriagada e não interferiu na ação da amiga. O castigo foi filmado pela própria autora, que comunicou a tortura ao Conselho Tutelar, dizendo que a mãe maltratava o filho.

Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia no mesmo dia do crime, por um conselheiro tutelar. Segundo o documento, o menino se queixou de dores no polegar da mão esquerda e disse que a mãe o havia agredido com uma vassoura. Em depoimento, a mulher confirmou a agressão, mas disse que usou um cinto para bater no filho. O motivo seria que a criança estava “inventando coisas” para uma vizinha, conforme o relato. A criança passou por atendimento no PS (Pronto Socorro) local.

Para o delegado, houve crime de tortura. “O menino foi submetido a sofrimento extremo, sob ameaça da amiga da mãe, obrigado a comer arroz cru com óleo, enquanto estava ajoelhado. Nada justifica uma maldade dessas. Prendemos as duas: uma porque torturou e a outra porque não fez nada, embora fosse a mãe”, ressaltou Pereira.

Ainda de acordo com a polícia, orgias sexuais teriam acontecido dentro da casa da doméstica enquanto os filhos estavam lá dentro.

O caso será julgado pela Justiça de Mirassol. Um inquérito foi instaurado e deverá ser concluído em 30 dias. Se condenadas, as suspeitas podem pegar de dois a oito anos de prisão.

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