Cassado no início da semana, o ‘Auto Posto Marina’, entre as ruas Pará e Paraíba, região central, usava solvente para adulterar gasolina. O laudo oficial que comprova a existência do produto foi divulgado anteontem pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
“A primeira coleta da gasolina foi em outubro passado. Dois meses depois recebemos o laudo que apontava o solvente no produto. Notificamos os responsáveis do ‘Marina’, que negaram a adulteração e entraram com recursos na justiça. Nesse ano fizemos novas coletas e, em maio, um segundo laudo comprovou a adulteração”, disse Dorcílio Gonçalves do Carmo, assistente fiscal da Delegacia Regional Tributária de São José do Rio Preto. Na terça-feira (27), fiscais da Secretaria Estadual da Fazenda, em conjunto com agentes da DIG, cassaram a inscrição estadual do posto devido à adulteração de combustível, um crime contra a ordem tributária e economia popular. Os quatro administradores do posto não foram encontrados, pois abandonaram o local uma semana antes. O solvente, um subproduto do processamento do petróleo, custa 30% do valor da gasolina. A substância não pode ser percebida pelo consumidor e danifica o motor do veículo, podendo até fundi-lo.
O proprietário do prédio onde está o ‘Marina’, o motorista J.S.C.M., de 45 anos, fez um BO na Polícia Civil na manhã de anteontem. Segundo ele, o posto é alugado, e os administradores levaram as bombas de combustível e de água e os compressores de ar sem avisar.
A vítima informou aos policiais que, conforme consta no contrato de locação, eles não poderiam levar os equipamentos embora. Um ex-funcionário do posto comentou ao motorista que as bombas e os compressores foram levados para um outro posto de São José do Rio Preto.
