quarta, 30 de outubro de 2024
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Polícia faz reconstituição de atropelamento que matou jovem em chácara

A Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira, (18/07/2023), a reconstituição do atropelamento que matou a jovem, Estefany Ferreira Medina, de 20 anos, na saída de uma festa de pré-carnaval,…

A Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira, (18/07/2023), a reconstituição do atropelamento que matou a jovem, Estefany Ferreira Medina, de 20 anos, na saída de uma festa de pré-carnaval, em uma chácara de Cedral (SP). O motorista que provocou o acidente, João Pedro da Silva Alves, de 23 anos, também participou.

O objetivo da perícia é tentar entender como aconteceu o acidente, naquele dia 29 de janeiro deste ano. De acordo com o processo, Estefany estava sentada na estrada de saída da chácara junto com outras pessoas, quando acabou sendo atropelada por João Pedro, que também deixava o evento.

Policiais utilizaram uma pessoa para simular onde a vítima estava sentada no dia em que foi morta. O motorista deu sua versão sobre o caso de como teria ocorrido o acidente.

João Pedro chegou a ser preso após o acidente, mas acabou sendo solto três meses depois. Ele está sendo acusado de homicídio com dolo eventual e deverá ir a júri.

O delegado de defesa do suspeito, Juan Siqueira, afirma que seu cliente não teve a intenção de matar.

“Nós não estamos eximindo o João Pedro da responsabilidade de que ele atropelou a vítima, porém, ele não teve a intenção de matar, por isso nós conseguimos o habeas corpus para que ele respondesse em liberdade. Nós já realizamos uma pré-perícia em março e agora vamos realizar uma reconstituição particular para mostrar a forma como ocorreu o acidente”, explica.

João Pedro foi denunciado pelo Ministério Público, em fevereiro deste ano. Segundo o promotor de justiça, Evandro Ornelas Leal, o “denunciado derivou o veículo para a direita, atingindo Estefany, que estava sentada fora do leito carroçável e teve o corpo arrastado, causando a morte imediata daquela por politraumatismo e também atingindo a vítima Gabriela, provocando ferimentos leves, porque Gabriela conseguiu se mover a ponto de evitar maior impacto do carro em seu corpo”.

“Os crimes foram praticados mediante dolo eventual, tendo o denunciado assumido o risco de produzir os resultados. Houve emprego de meio de que resultou perigo comum, pois, a par da morte de Estefany e ferimentos em Gabriela, o denunciado também poderia ter ferido os passageiros do veículo. Houve emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima Estefany, colhida de surpresa, sem possibilidade de evitar o atropelamento”, disse o promotor.

O laudo da perícia do dia do acidente afirma que João Pedro dirigia o carro pela estrada, em direção à rodovia Washington Luís, quando, em determinado trecho, “galgou à direita” e passou com as rodas do lado direito sobre a grama, onde ela estava sentada. Em seguida o para-choque do veículo atingiu Estefany e ela foi arrastada, fraturando os dois braços, seis ossos da costela e morrendo de politraumatismo.

No começo da tarde desta terça-feira, (18), policiais voltarão ao local do acidente junto com testemunhas e também com a vítima que sobreviveu ao atropelamento. Elas farão parte da segunda etapa da reconstituição.

Questionado pela Gazeta sobre o dia do acidente João Pedro preferiu ficar em silêncio.

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