A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita pela Federação do Comércio de São Paulo, a Fecomercio, destaca que o número de paulistanos endividados no mês de abril aumentou. Segundo a Fecomercio, o percentual de consumidores endividados é de sessenta e dois por cento. No entanto, o número de inadimplentes subiu, de quarenta e um para quarenta e cinco por cento.
Mas essa situação não faz parte somente do cotidiano dos paulistanos. Se você observar, sempre tem alguém no seu bairro, na sua rua ou na sua própria casa que passa por esse aperto todo fim de mês.
O Assessor econômico da Fecomércio, Rodrigo Mariano, diz por que as pessoas têm se endividaram mais no mês de abril. “É sabido que tanto inadimplência quanto endividamento encontram-se em níveis muito altos na nossa pesquisa e são dados preocupantes, sim. Muito disso, é reflexo do aumento do credito sem embasamento na renda, então você tem um crédito crescendo a taxas elevadas e a renda e o emprego não cresce de maneira sustentada e de maneira expressiva, isso pode ser reflexo, sim, para as demais regiões do país, disse.
Os dados revelam que o número de pessoas endividadas que recebem até três salários mínimos é de sessenta e oito por cento. Já quem recebe mais de dez salários mínimos, o número é de cinqüenta e quatro por cento. Em relação à inadimplência, quando uma dívida está muito atrasada, o grupo que lidera novamente o ranking é o que ganha até três salários, com sessenta e quatro por cento. Nessa mesma situação, o número entre os que ganham mais de dez salários desce para vinte e três por cento.
Mas estar endividado ou inadimplente não é sinônimo de picaretagem. Setenta e dois por cento dos consumidores entrevistados dizem ter a intenção de pagar os débitos. Na briga entre os gêneros, os homens se endividam mais, mas as mulheres ganham na inadimplência. Sobre a faixa etária, os consumidores com menos de 35 anos são os mais endividados, com sessenta e cinco por cento.