sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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País fecha 2007 com necessidade de financiamento de R$ 4,5 bilhões

Em 2007, o Brasil registrou uma necessidade de financiamento da economia nacional de R$ 4,5 bilhões. Esse foi o valor que o país precisou tomar de recursos no exterior para…

Em 2007, o Brasil registrou uma necessidade de financiamento da economia nacional de R$ 4,5 bilhões. Esse foi o valor que o país precisou tomar de recursos no exterior para financiar os investimentos e o consumo interno.

“Foi a primeira vez, desde 2002, que o Brasil precisou recorrer ao restante do mundo”, disse a economista Cláudia Dionísio, da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2006, havia capacidade, correspondendo a um saldo positivo, de R$ 20,8 bilhões para o financiamento interno.

Segundo a economista, isso ocorreu, principalmente, devido à balança comercial brasileira, que, apesar de continuar positiva, com saldo maior de exportações, vem registrando reduções desde 2005. No ano passado, as exportações de bens e serviços aumentaram 6,6%, totalizando R$ 354,94 bilhões, e as importações cresceram 20,7%, o correspondente a R$ 315, 83 bilhões. No periodo 2006-2007, o saldo externo teve redução de R$29 bilhões, caindo de R$ 68,1 bilhões para R$ 39,1
bilhões.

“Apesar das exportações continuarem num patamar superior aos das importações, esse saldo está cada vez menor. Não estamos conseguindo sustentar o crescimento do consumo e do investimento, e no final, chegamos numa conta negativa”, disse Cláudia Dionísio.

De acordo com a economista, a necessidade de financiamento só não foi maior devido à redução de R$ 5,2 bilhões da renda líquida enviada para o resto do mundo. Essa redução foi o resultado da diferença entre o pagamento de juros, que diminuiu em R$ 10,5 milhões, e o aumento de R$ 5,3 bilhões da remessa de lucros de empresas estrangeiras.

Segundo coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, há uma mudança no perfil do Produto Interno Bruto (PIB), que deixou de ser puxado para cima pelo mercado externo, e agora conta com a maior dos força investimentos e do
consumo interno.

Segundo o IBGE, a poupança bruta brasileira, que traduz a renda disponível do país, após o desconto do consumo final das famílias e da administração pública, cresceu R$ 40,2 bilhões entre 2006 e 2007, passando de R$ 412,8 bilhões pra R$ 453 bilhões.

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