quinta, 26 de dezembro de 2024
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Necessidade de consenso

Nem bem esfriaram os ânimos, que estavam acirrados desde o encerramento da disputa eleitoral, eis que a cidade novamente começa a ventilar a possibilidade de disputa para decidir quem será…

Nem bem esfriaram os ânimos, que estavam acirrados desde o encerramento da disputa eleitoral, eis que a cidade novamente começa a ventilar a possibilidade de disputa para decidir quem será o novo provedor da Santa Casa.

Penso que, antes de qualquer discussão sobre o assunto, seria de bom alvitre o atual provedor fosse consultado sobre seu interesse em permanecer à frente da instituição. Em sendo negativa a resposta, aí sim começaria a correria para “laçar” alguém que tenha tempo e disposição para cuidar dos destinos do nosso nosocômio.

Não bastasse essa disponibilidade, penso que o candidato teria que ser de consenso, até porque, com as finanças em frangalhos e padecendo de vários males, a entidade precisa de pessoas com credibilidade para se reerguer e uma disputa certamente causaria ainda mais estragos.

Quando falo em consenso, não digo em consenso das elites, mas em consenso de que se escolha alguém para realmente mudar o destino da nossa Santa Casa e não como se tem feito nos últimos tempos, mudando o nome somente para continuar tudo do mesmo jeito. A verdade é que, embora já tenham passado por ali vários provedores desde a partida do saudoso belo, tudo continua como dantes, numa sucessão de erros que parece não ter fim.

Voltando ao assunto, o candidato teria que se dispor, de imediato, a restabelecer os laços fraternos que o hospital sempre manteve com a Unimed, passando a entender essa relação como de parceria e não de concorrência. Na seqüência, restabelecer a confiança dos fornecedores e assim sucessivamente,
Embora se discuta muito a questão da “abertura da caixa preta”, isso nem seria o mais importante do novo gestor, embora seja uma tendência natural, como já tenho dito e repito.

Ainda mais importante seria que esse novo gestor se dispusesse a romper com as amarras que têm desgastado e afundado a entidade ao longo dos anos, em especial os benefícios e ou privilégios.
Mais que isso, é preciso que esse novo gestor tenha coragem suficiente para cortar a própria carne e gastar menos do que arrecada, cortar excessos, diminuir despesas, aí incluídos salários e rendimentos de médicos e funcionários, sob pena de que “o paciente morra de inanição”, ou seja, de nada adianta funcionários e médicos serem regiamente remunerados se a entidade continuar atolada em dívidas. Talvez não percebam, mas estão matando a galinha dos ovos de ouro.

Aliás, cá com os meus botões, eu sempre me pergunto se existe na cidade alguma outra empresa que remunere da mesma forma. Longe de mim querer fixar salários ou dar receita de como administrar, mas o caminho é um só: para o empregado poder ganhar bem, o patrão tem que ter lucro, senão, o fracasso é o caminho conhecido. Como diria aquele jornalista, tenho dito!

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