Mais do que ter deixado os torcedores felizes, Kaká ganhou um fã incondicional na sua 2ª passagem pelo São Paulo. Muricy Ramalho não se cansa de rasgar elogios ao meia, com quem trabalhou pela 1ª vez nestes últimos meses do ano, e foi enfático em dizer que o craque é insubstituível, se considerar todas as características de um atleta.
Em evento nesta segunda-feira com outros colegas de profissão, o treinador contou alguns bastidores da sua relação com o jogador, desde como foi a contratação até o envolvimento dele com o restante do elenco.
“Para você ver como ele é uma pessoa rara e diferente, o Kaká foi com a família dele na minha casa, para ver se eu o aceitava. Eles entraram, e o pai dele começou a falar. A primeira coisa que eu falei, eu sou um cara meio direto, foi: “A gente não tem dinheiro para te contratar, cara. Não temos dinheiro”. Eu tinha que falar isso logo. E o pai dele respondeu que isso não era um problema e aí eu falei que ele estava contratado (risos). Eu não tenho nada a ver com a decisão de dinheiro, mas sempre defendo meu clube”, afirmou.
“Foi a melhor coisa que fizemos. Kaká deu um salto no time, fez bem para o caráter do time. Não estou falando de técnica e tática. Mas do jeito dele. Os caras que estavam indecisos começaram a jogar muito. O Kaká chega antes de todo mundo e vai fazer atividade. E ele é melhor do mundo. O cara que não é, olha ele fazendo isso e vai fazer também”, continuou.
Muricy também falou sobre a educação do Kaká e fez um contraponto com outros jogadores que, segundo ele, são chatos pra caramba.
“Fora que ele é um cara super agradável. Educado pra caramba. Trata bem todo mundo. Conversa. É incrível de ver. É um exemplo. Vai fazer muita falta. Eu tirei ele ontem antes do jogo acabar de propósito. Pra ele ver o carinho da torcida”, disse.
“Como jogador, a gente vai encontrar um igual. Mas se contar o todo, não vamos encontrar nunca. Quase 100% de certeza que não vamos achar. Ele é raro. Ainda mais por ser jogador de futebol. Porque tem uns que são mais ou menos que são chato pra caramba. O cara reclama do bife, do ovo frito que está duro. Mas o Kaká é diferente. Já trabalhei com muitos jogadores, mas com um deste nível, nunca tinha trabalhado”, finalizou.