Uma mulher denunciada à Justiça em 2020 após atacar um casal gay numa clínica veterinária em Birigui, no interior de São Paulo, está na lista de bolsonaristas presos após os atos golpistas em Brasília.
Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu converter a prisão em flagrante de 740 pessoas em prisão preventiva. Entre os nomes, está o de Luzilene Martins de Sá Pompeu.
Ela está na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como “Colmeia”, e foi detida no dia 8. Para manter a prisão dos investigados, Moraes considerou que há provas da participação efetiva em “organização criminosa que atuou para tentar desestabilizar as instituições republicanas”.
Segundo o gabinete de Moraes, o ministro “considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.
No dia 8, bolsonaristas golpistas invadiram e depredaram as sedes dos 3 Poderes em Brasília. Eles repetem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para alegar fraude das eleições, além de defender pautas golpistas, como intervenção militar, e pressionam pela saída do presidente Lula (PT).
O UOL procurou a defesa de Luzilene de Sá Pompeu e aguarda retorno.
Relembre o caso de homofobia
No dia 25 de setembro de 2020, Luzilene Martins de Sá Pompeu foi filmada ofendendo o casal Guilherme Franceschini Simoso e Eric Cordeiro Cavaca dentro de um pet shop em Birigui, no interior de São Paulo.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a mulher se aproxima para atacar o casal. Ela é filmada dizendo que ser gay “não é de Deus”.
“Olha aqui. Estou falando que é homem com mulher. Não é homem com homem e mulher com mulher. Está ouvindo? Isso não é de Deus. Isso não é de Deus”, diz Luzilene Martins de Sá Pompeu.
A mulher também ignora o uso de máscara facial contra covid-19. Em 25 de setembro de 2020, o Brasil ultrapassou a marca de 140 mil mortes pela doença, segundo dados do consórcio de imprensa, do qual o UOL faz parte.
O universitário Guilherme Franceschini Simoso afirmou que as agressões verbais começaram antes da gravação.
Ela já entrou no petshop falando alto. Ela falava sobre Deus e outros assuntos. Quando ela nos viu, do outro lado da loja, começou a menosprezar os gays em tom alto e olhando para a gente. Foi aí que meu namorado disse que isso era crime e ela veio para cima da gente gritando, e falando tudo o que ela falou no vídeo.”, Guilherme Franceschini Simoso conversou com Universa