terça, 26 de novembro de 2024
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Presos mais dois envolvidos no mega-assalto de Araçatuba

Mais dois suspeitos de participar do mega-assalto de Araçatuba foram presos no Jardim Tremembé, na zona norte da capital paulista. Agentes da Polícia Militar (PM) em uma viatura avistaram os…

Mais dois suspeitos de participar do mega-assalto de Araçatuba foram presos no Jardim Tremembé, na zona norte da capital paulista. Agentes da Polícia Militar (PM) em uma viatura avistaram os dois em um carro e decidiram fazer uma abordagem. Estavam no veículo Claudio Cruz, que apresentou um documento falso com o nome “Fábio Cruz”, e o Washington Lobo.

Ao perceberem a falsificação da identidade, os policiais se informaram pelo setor de inteligência e acabaram descobrindo que o Claudio tinha um mandado de prisão aberto contra ele recentemente por participação no ataque a banco em Araçatuba.

Os dois homens foram presos e o carro de modelo importado em que estavam foi apreendido. Ainda na manhã desta sexta, os suspeitos foram encaminhados à Delegacia de Roubo a Bancos da cidade de São Paulo, onde vão prestar depoimento.

Até o momento, dez homens já foram presos pelo ataque em Araçatuba que deixou três mortos e cinco feridos.

A polícia acredita que ao menos 30 homens participaram da ação.

No entanto, quatro já estão em liberdade. Incluindo o homem apontado como sendo o financiador da ação com aporte de R$ 600 mil, mas por falta de provas ele foi liberado.

Três suspeitos morreram, um deles em uma troca de tiros com a Polícia Militar no dia dos ataques, que deixou também outros dois suspeitos feridos à bala. Antônio Carlos Fermino Bezerra morreu dias após dar entrada na Santa Casa de Piracicaba e Anderson Luis de Oliveira foi encontrado morto em um terreno em Sumaré. Como ele usava colete balístico, a polícia acredita que ele foi ferido no ataque e, como não resistiu, foi deixado no local pelos comparsas.

No último dia 14, a Polícia Federal, que comanda as investigações, deu mais um passo na tentativa de desarticular a quadrilha. Vinte mandados de busca e apreensão foram cumpridos, dois em Araçatuba, um Guarulhos, seis em São Paulo, oito em Campinas e três em Piracicaba (SP).

A PF afirma que a maioria dos integrantes do grupo é da capital paulista, da região de Campinas e Piracicaba, e faz parte de grupos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

A Polícia Federal afirma ainda que a ação dos bandidos foi um fracasso, já que o objetivo da quadrilha era roubar cerca de 90 milhões da sala-cofre da agência do Banco do Brasil – uma das atacadas. Entretanto, um mecanismo de destruição de cédulas com lâminas e tinta foi acionado e impediu a apreensão total do dinheiro.

Com a inutilização das notas, são emitidas novas cédulas pelo Banco Central, sem prejuízo financeiro. Foi a primeira vez que esse sistema, instalado neste ano, foi acionado.

A estimativa, então, é de que a quadrilha tenha roubado R$ 2 milhões em dinheiro e cerca de R$ 5 milhões em joias.

Veículos

Ao menos oito carros usados pela quadrilha foram apreendidos após serem encontrados abandonados em cidades vizinhas à Araçatuba.

Entre eles, estão veículos de luxo, das marcas Mitsubishi e Porsche. O segundo, de modelo Cayenne, é vendido por no mínimo R$ 549 mil na versão mais recente. Além da Porsche Cayenne, também foram apreendidas uma Mitsubishi Pajero, com preço inicial de R$ 283 mil na versão mais nova, e uma Mitsubishi Outlander, com valor mínimo de R$ 130 mil pelo último modelo.

Além dos carros, dois suspeitos de participarem do ataque também foram presos em São Pedro, na região e Piracicaba (SP). Com eles, a polícia apreendeu roupas táticas, coletes balísticos, lanternas, binóculos, máquina para contar dinheiro, munições de calibre 0.40 e 380, carros, além de cerca de R$ 3 mil. A Polícia Federal não confirma se mais dinheiro levado na ação foi apreendido em outras situações.

Antes de deixar a cidade de Araçatuba, os criminosos espalharam explosivos pela cidade. Foram 98 no total, o maior da história do país, segundo levantamento inédito feito pela Associação Mato-Grossense para o Fomento e Desenvolvimento da Segurança.

Os dispositivos tinham sensores para ativar explosões por celular à distância seja por mensagem ou por ligação. Todos os artefatos foram recolhidos pelo Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e detonados em um aterro sanitário da cidade. Foram cerca de 30 horas para concluir a detonação.

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