O empresário Pablo Marçal (PRTB), que foi derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, anunciou sua intenção de concorrer à Presidência da República nas eleições de 2026. Marçal afirmou que sua candidatura poderá contar com “uma dobradinha” com o cantor Gusttavo Lima, conforme informações do Metrópoles.
“Nova safra de políticos. Liguei para o Gusttavo Lima, e ele realmente está com o coração disposto a servir o nosso povo. Viveremos o pior momento econômico da nossa história nesses próximos dias e, depois disso, virá uma nova safra política. Bem-vindo, Gusttavo!”, declarou Marçal por meio de sua assessoria.
Marçal concorrerá pelo PRTB, que deve adotar o nome “Brasileiro” nas próximas eleições. Em nota divulgada pela assessoria, ele afirmou: “Serei candidato a presidente pelo PRTB em 2026. O empreendedorismo é a chave para libertar o nosso povo e fomentar o desenvolvimento econômico”.
Apesar de seus planos, Marçal enfrenta obstáculos jurídicos. Ele é alvo de diversas ações na Justiça Eleitoral, que podem torná-lo inelegível. As acusações incluem manipulação de cortes de vídeo nas redes sociais, captação irregular de recursos, venda de apoio político e participação em eventos no 7 de Setembro.
Alguns processos já foram arquivados, como o caso de descontos em cursos do empresário e doações feitas por pessoas com perfis socioeconômicos incompatíveis com os valores doados. No entanto, outras ações ainda estão em tramitação.
Um dos principais processos contra Marçal foi apresentado pelo PSB de Tabata Amaral, sua adversária nas eleições. A ação resultou na suspensão dos perfis de Marçal durante a campanha, após ele divulgar conteúdos considerados irregulares.
Sobre a divulgação de um laudo falso para associar Guilherme Boulos ao uso de drogas, episódio que ocorreu às vésperas do primeiro turno, Marçal já foi indiciado pela Polícia Federal, embora isso não seja objeto de uma ação de investigação judicial eleitoral (aije) específica.
A Justiça Eleitoral adota um ritmo mais lento no julgamento das aijes devido à fase de instrução, o que pode estender o processo por meses. Não há prazo definido para a conclusão das ações em que Marçal é réu, deixando em aberto seu futuro político até que esses casos sejam decididos.