A notícia da assunção do dentista Jesiel Macedo ao cargo de presidente da Associação de Amigos tem enorme simbolismo e principalmente provoca grande expectativa para que a entidade, enfim pacificada, retorne aos seus tempos de glória, canalizando as boas idéias em favor da cidade.
A manifestação do novo presidente em seu discurso de posse deu o tom do comprometimento de lutar para que a própria população reconheça o potencial de Fernandópolis. Resumindo, o presidente destacou o que seria, na essência, a grande vocação da associação que, infelizmente, nos últimos anos havia se voltado para a partidarização política de suas ações, completamente dissociada da realidade.
Passado o momento de euforia, natural em todo início de caminhada, o carisma e a habilidade para o diálogo do novo presidente vão ser colocados à prova para buscar, novamente, a unidade da associação, que já não representava, há algum tempo, os anseios das entidades e clubes de serviço que compõem o seu quadro.
Talvez esteja, aí, a grande batalha a ser travada pelo novo presidente: fazer com que a entidade torne a ser porta voz da sociedade civil organizada fernandopolense.
A expectativa é que se reacendam os debates sobre os assuntos de interesse da cidade e que as reuniões e decisões deixem de servir apenas e tão somente para sacramentar a vontade deste ou daquele grupo político ou econômico. Aliás, nesse aspecto, a própria alternância de poder já vai servir para oxigenar as discussões e dificultar o beija mão e o toma-lá-dá-cá das antigas reuniões, chochas, enfadonhas e desinteressantes, convocadas tão somente para dizer amém a isto ou aquilo.
Enfim, é muito bom constatar que, ao que tudo indica, a entidade sai de sua sepultura, renascendo das cinzas e restaurando o respeito das próprias entidades que foram a razão de sua criação. Afinal, 2030 é logo ali e existe luz no fim do túnel. Ave!
