Um possível confronto entre torcidas fez com que o Ministério Público de São Paulo se manifestasse contra a realização dos jogos de Corinthians e Palmeiras no próximo domingo, na capital do Estado.
O promotor Paulo Castilho pede para que a CBF antecipe o compromisso alvinegro para o sábado. A entidade seria obrigada a fazer o mesmo também em relação ao Inter, que briga com os paulistas por uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores. A diretoria colorada, no entanto, adianta: não aceitará.
Perguntado pela reportagem a respeito, o diretor de futebol do clube, Roberto Melo, disse que uma mudança assim “rasgaria o regulamento”.
“Não fomos consultados ainda, inclusive, se isso acontecesse, seria inviável. A gente não tem passagem, não tem nada, é uma semana complicada. Faltam voos para viajar, Chapecó é uma cidade difícil, conta com apenas dois diários. Não seria nem critério técnico, rasgaria o campeonato, o regulamento. Não tem possibilidade”, afirma Melo ao ESPN.com.br.
Segundo ele, uma alteração da partida com o Figueirense para sábado forçaria parte da delegação a viajar de ônibus.
O dirigente descarta a possibilidade.
“Um voo para sábado não teria lugar para toda a delegação. Mesmo na sexta, as condições já são difíceis. Não pode mudar”, completa.
Anteriormente previsto para Florianópolis, o encontro entre Figueirense e Inter foi comprado por um grupo de empresários e teve o seu mando acertado para a Arena Condá. Os catarinenses foram punidos no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por uma briga entre torcedores em duelo contra o Goiás, pela 26ª rodada do Brasileiro.
Cogitou-se até mesmo Caxias do Sul como uma alternativa, mas colocar o jogo no Rio Grande do Sul caracterizaria inversão de mando, vetada pela CBF.
O Regulamento Geral das Competições (REC) da entidade prevê que mudanças de mando sejam feita com até 10 dias de antecedência. Nesse caso, se poderia recorrer a uma das exceções do artigo 14 alegando “força maior”.
Inter e Corinthians estão lado a lado com 66 pontos na tabela do Brasileiro.
O ESPN.com.br tentou contato com o gerente de competições da CBF, Manoel Flores, mas ele não atendeu as ligações.
