O fogo começou por volta das 11h30 da manhã deste sábado (26). De acordo com informações de pessoas que vivem no local, as chamas se alastraram rapidamente assustando as famílias que moram na ilha.
Aparecido Ferreira da Silva que vive no local há cerca de 10 anos, se juntou com outros moradores para tentar conter as chamas, enquanto isso as mulheres tentavam pedir socorro por telefone. Ao ligar para a Polícia Militar, o disk 190 caiu na PM de Indiaporã que solicitou que a chamada fosse efetuada para a equipe de bombeiros de Fernandópolis.
A Guarda Civil Municipal de Ouroeste tomou conhecimento do caso e contatou também equipes da Polícia Ambiental que foram até as margens do Rio Grande para auxiliar no trabalho dos bombeiros, entretanto, a falta de barcos possibilitou apenas o acesso de um dos guardas até a ilha.
Dona Gercina Soares mora na ilha há mais de 14 anos e diz que ficou apavorada com o fogo. “Eu liguei para minha família que estava em Ouroeste e pedi ajuda o fogo já estava pertinho aqui das casas, todos nós ficamos desesperados, com medo de perder tudo” destacou Gercina.
O fogo foi controlado após as 18 horas. No total dos 13 alqueires da ilha, pelo menos 5 tiveram sua vegetação destruída pelas chamas. Alguns animais foram vistos fugindo do fogo. Ainda não se sabe o que gerou o incêndio.
Mais segurança
Os moradores aproveitaram a presença da equipe de reportagem da JP, para fazer um desabafo. “Nós temos aqui na ilha cinco famílias que vivem sem proteção nenhuma, semana passada mesmo roubaram dois molinetes de dentro da minha casa, mas graças a Deus eu consegui recuperar, mas as coisas que estavam na minha geladeira o bandido levou tudo, era carne e até queijo” afirmou Gercina que pede mais segurança.
“Precisava fazer alguma coisa aqui, pra gente ficar mais seguro, os ladrões entram no meio do mato e a gente só vê quando já roubaram tudo, aqui era calmo demais, agora tá ficando perigoso” ressalta a pescadora.