Uma fiscal que aplicava a prova do concurso da Anvisa em Brasília neste domingo (1º) morreu dentro de sala, quando fazia a chamada dos candidatos.
A mulher chegou a ser socorrida por uma candidata e por uma UTI Vida, mas não resistiu.
O incidente foi registrado no celular de um rapaz que deixava um amigo no local para fazer a prova. De acordo com o consultor internacional do Ministério da Saúde Wanklykon Moura, ele assinava um documento atestando o horário de fechamento dos portões quando a coordenadora da instituição foi acionada para atender a fiscal.
“Ela me convidou para ser testemunha do horário de fechamento dos portões, às 8h. Então, o rádio dela tocou, dizendo que uma pessoa havia caído, batido com a cabeça e estava sangrando. Ela me pediu para acionar os bombeiros e o Samu, porque a pessoa estava desacordada”, explica. “Como o médico do Samu disse que eu deveria estar perto da vítima, ela me autorizou a ir lá.”
O Samu informou que chegou a receber duas solicitações para o resgate. Em ambas, afirma, relataram que uma pessoa havia desmaiado, mas não esperaram para passar maiores informações. O serviço diz que tentou contatar as duas pessoas para poder enviar o socorro, mas não conseguiu contato.
Moura conta que uma médica que prestava o concurso foi a primeira pessoa a socorrer a fiscal, que recebeu massagem cardíaca. Depois, uma equipe da UTI Vida esteve no local e tentou reanimá-la, usando adrenalina e um desfibrilador, mas sem sucesso. As causas da morte da fiscal ainda não foram divulgadas.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Dirceu Barbano, decidiu anular o concurso público realizado no dia 2 de junho para preencher 314 vagas após problemas operacionais em provas aplicadas na Bahia, no Distrito Federal, em Alagoas e no Rio de Janeiro. Com a decisão, todos os candidatos, mesmo aqueles dos estados onde não houve falhas, tiveram que refazer a prova neste fim de semana.
Na primeira tentativa de aplicar a prova, candidatos de Brasília reclamaram de atraso na entrega dos cadernos com as questões e de provas violadas. Os transtornos aconteceram em pelo menos dois locais.
No Rio de Janeiro, candidatos reclamaram que não foram informados da mudança de local da aplicação da prova. Prevista para o Cefet da unidade Maracanã, o local foi transferido para a Escola Vicente Januzzi, na Barra da Tijuca.
Em Maceió (AL), dezenas de candidatos prestaram queixa na Polícia Civil para denunciar que as folhas de resposta das provas estavam com um número de questões menor. Já na capital baiana, candidatos reclamaram ter recebido a prova que havia sido aplicada em outro turno.