sexta, 1 de novembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Educação apura possível agressão de aluno de 9 anos em escola

A Coordenadoria de Educação de Potirendaba (SP) apura o caso de uma criança de 9 anos que afirma ter sido agredida, pelo menos, três vezes na escola municipal João Casella….

A Coordenadoria de Educação de Potirendaba (SP) apura o caso de uma criança de 9 anos que afirma ter sido agredida, pelo menos, três vezes na escola municipal João Casella. O menino foi atendido no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) com suspeita de possível lesão na coluna cervical.

A avó do aluno, Jaqueline Cristina Vieira, afirma que as agressões estão ocorrendo, desde o mês passado, dentro do banheiro e também no pátio da instituição.

“O caso mais grave aconteceu no dia 10 de fevereiro, quando ele chegou em casa com o rosto todo vermelho e bastante irritado, onde eu perguntei o que tinha acontecido. Ele me disse que um menino trancou ele dentro do banheiro, fechou a porta e o agrediu com um soco na nuca, onde ele caiu no chão e bateu com o rosto”, relata.

Jaqueline afirma que levou o menino para o Hospital de Potirendaba, onde passou por atendimento médico e realizou um exame de raio x. Devido ao quadro clínico do estudante, ele foi encaminhado para o HCM de São José do Rio Preto, para melhor avaliação.

“No Hospital da Criança ele passou por novos exames e avaliações. Os médicos notaram então uma possível distância entre as vértebras da coluna cervical e nos orientaram a observar o comportamento dele, com possíveis queixas de dores, por exemplo. Infelizmente, pouco tempo depois, ele começou a reclamar de dor na coluna”, afirma a avó.

Após o caso, a avó diz que procurou a delegacia da cidade para registrar o caso, porém, foi orientada a procurar o Conselho Tutelar. No dia em que o menino passou pelo Hospital de Potirendaba, equipes do Conselho Tutelar chegaram a ir à instituição.

Para a Gazeta, o menino conta que não sabe o motivo das agressões, já que não conhece os outros alunos e eles estudam em salas de aula diferentes. “Eles simplesmente não falam nada e me batem. Além disso me disseram que se eu contasse para alguém, iriam me bater mais ainda e realmente me bateram depois que contei. Eu não tenho mais vontade de ir para a escola”, diz a criança.

Questionado pela Gazeta sobre seu comportamento em sala de aula e sobre suas notas, o garoto afirma que suas notas médias são entre 9 e 10. “Eu nunca briguei na escola e amo estudar. Não me envolvo em confusão e não brigo com ninguém”, disse.

Após o episódio de agressão ocorrido no banheiro, a direção da instituição chamou o aluno agressor e, segundo a vítima, o estudante disse que foi uma espécie de “trolagem” – termo utilizado como uma “brincadeira”. “Ele falou para a diretora que foi uma trolagem que ele fez comigo, mas isso não é uma brincadeira, pois eu nem conheço ele e nunca brinquei com ele”, afirma o garoto.

A Gazeta teve acesso ao registro interno da escola do dia 10/02, que afirma que o estudante não teria se queixado que alguém havia batido nele, apenas que haviam o trancado no banheiro.

“Ao verificar com a Professora (…), o aluno também não reclamou de nada e, até na hora de ir embora, estava com aparência normal. Pedi o comparecimento do Conselho Tutelar para dar auxílio, expliquei o ocorrido e pedi para que fossem verificar na residência do aluno para saber, de fato, o que aconteceu”, disse a diretora da escola, no registro de ata daquele dia.

Na ata registrada no dia 15 de fevereiro, a direção da escola disse que chamou os dois alunos e ambos se desculparam, porém, não que conseguiu ter a certeza se o aluno havia dado o soco no outro, pois a vítima dizia que sim e o suposto agressor dizia que não.

Para a Gazeta, o Conselho Tutelar de Potirendaba disse que o aluno agressor foi advertido pela escola, porém, que veja o caso como uma “briga entre crianças”.

A Coordenadoria de Educação de Potirendaba disse que a direção da escola solicitou imagens das câmeras internas do pátio da unidade para averiguação, onde não foi constatada agressão nos dias e horários indicados, mas que o caso continua sendo averiguado.

“Ressaltamos ainda que atos violentos e práticas de bullying são veementemente combatidos no ambiente escolar e atividades de prevenção são trabalhadas com frequência”, disse o município em nota.

Notícias relacionadas