O delegado de Novo Horizonte (SP) responsável pela investigação que terminou com a prisão de dois homens suspeitos de aplicar golpes da “falsa cura” afirmou que os criminosos agiam de “forma cruel”, usando a religiosidade de idosos e um reagente químico que muda a cor da saliva para enganá-los.
Os dois homens foram presos na tarde de quinta-feira (3), em Limeira (SP), cidade localizada a mais de 270 quilômetros de distância de Novo Horizonte.
De acordo com o delegado, os suspeitos ficavam perto de igrejas e abordavam pessoas mais velhas e apegadas à religião. Eles inventavam que as vítimas estavam doentes, obrigavam-nas a cuspir em um papel com um reagente que fazia a saliva ficar vermelha e diziam que era sangue.
“Eles diziam que fariam uma oração para curar as vítimas. As pessoas colocavam os pertences em um saco e eram levadas para lugares ermos. Os criminosos realizavam um procedimento qualquer, abandonavam as vítimas e fugiam com os pertences”, afirmou o delegado.
Ainda segundo André de Almeida, os homens começaram a ser investigados entre outubro e novembro do ano passado, quando os idosos passaram a procurar a delegacia. Ao todo, quatro golpes foram aplicados em Novo Horizonte.
“Existem casos em outros municípios. Acreditamos que mais pessoas estejam envolvidas. Estamos investigando aparelhos celulares que foram apreendidos. As diligências continuam”, disse.