Onze pessoas foram presas na manhã de ontem pelas equipes da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Votuporanga e Fernandópolis, em cumprimento a 19 mandados de busca domiciliar e prisão temporária, expedidos esta semana pela Justiça. Segundo o titular da delegacia especializada do município, Antonio Marques do Nascimento, elas são suspeitas de estarem envolvidas com o tráfico de entorpecentes na cidade e região. “A investigação apura a relação destas pessoas com as substâncias apreendidas no último mês de abril em Votuporanga (11 quilos de maconha, seis de crack e um de cocaína)”, destacou o delegado.
Os outros oito mandados que restaram, foram destinados a detentos que já estão em cadeias do Estado e supostamente coordenavam o tráfico de drogas de dentro das unidades prisionais. Entre eles, está Jair Carlos de Souza (Jaja) – que é cunhado de Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como “Marcola”, líder da principal facção criminosa do Estado de São Paulo, o PCC (Primeiro Comando da Capital) -, e o presidiário Gines Aparecidos de Lima (Gordo), apontado pelo delegado como “o cabeça” do grupo. Ambos estão na Penitenciária de Mirandópolis.
Nascimento ressaltou também o suposto envolvimento do jovem D.J.P. (Pingüim), que se encontra atualmente preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José do Rio Preto, acusado de formação de quadrilha diante da articulação do seqüestro de empresários de Votuporanga.
Armas
Durante os trabalhos, na casa de uma das suspeitas que reside em Valentim Gentil, duas armas de fogo – uma garrucha calibre 32 e uma cartucheira – também foram apreendidas. Segundo Nascimento, como os objetos pertenciam ao pai da jovem, uma ocorrência pela posse ilegal de arma de fogo foi elaborada no nome dele. O delegado ainda destacou que a moça é irmã da garota de 13 anos, encontrada morta já em estado de putrefação no dia 14 de julho de 2005, no bairro rural Itaguaçu, daquele município.
Os demais suspeitos são todos de Votuporanga e foram detidos em suas respectivas residências. Os mandados temporários duram 30 dias, mas podem ser renovados por mais 30 e, posteriormente, transformados em prisão preventiva até o julgamento. Caso sejam indiciados, os suspeitos responderão pelos crimes de tráfico e associação ao tráfico de entorpecentes, podendo pegar de 3 a 15 anos de reclusão.
Depois de ouvidos na Dise de Votuporanga, os homens foram conduzidos à cadeia da cidade e as mulheres levadas para a cadeia feminina de Meridiano. (Colaborou Leliane Petrocelli)
