Criminosos, através do uso de ferramentas de inteligência artificial, têm utilizado as imagens de famosos como William Bonner, Luciano Huck, Dráuzio Varella, Marcos Mion, Sandra Annenberg e Ana Maria Braga para promover anúncios falsos. O uso indevido dessas imagens serve como isca para golpes financeiros e produtos fraudulentos, explorando a credibilidade das personalidades escolhidas.
A prática envolve não apenas o emprego das imagens dos famosos, mas também a manipulação de suas vozes em anúncios pagos. William Bonner é uma vítima frequente desse tipo de fraude, o que gera impactos negativos não só para sua imagem, mas também para o jornalismo, uma vez que os golpistas simulam a venda de produtos ou serviços por meio de inteligência artificial.
Além das personalidades, bancos também são alvo desses golpes. No caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os criminosos não apenas utilizam o nome da instituição para fraudes, mas também enviam a conta do anúncio diretamente para o banco, prejudicando sua credibilidade e gerando revolta entre as vítimas do golpe.
As redes sociais enfrentam desafios legais diante dessa prática. Embora o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar) tenha um código de ética, as plataformas ainda não aderiram à autorregulação. As redes sociais argumentam que o Marco Civil da Internet, de 2014, garante a liberdade de expressão, mas a ausência de uma lei específica no Brasil para anúncios cria um cenário complexo. TikTok e Meta afirmam possuir políticas contra anúncios fraudulentos, utilizando inteligência artificial e equipes humanas para revisão e remoção de violações.