O câncer é responsável pela morte de 140 mil brasileiros por ano. As regiões de maior desenvolvimento econômico são as mais afetadas pela doença. Dados do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, mostram que a taxa de mortalidade da doença no país teve um aumento significativo entre 1979 e 2004. O crescimento dessas mortes entre os homens foi maior que 24%, provocado pelo aumento dos casos de câncer de próstata. Já entre as brasileiras, as mortes aumentaram 18% , com o acréscimo significativo dos óbitos por câncer no pulmão. O problema já é a segunda maior causa de mortes no país. De acordo com o coordenador de prevenção e vigilância epidemiológica do Inca, Cláudio Noronha, a forma mais efetiva de evitar a doença é manter um estilo de vida saudável. Por isso, até sexta-feira, a Semana Nacional de Combate ao Câncer tem o objetivo de informar a população sobre os cuidados necessários para evitar e prevenir a doença que atinge 500 mil brasileiros anualmente.
Promoção da saúde, modificação dos hábitos de vida, de padrão de alimentação, de atividade física até a busca do serviço de saúde para a detecção precoce.
Quanto antes for detectado o tumor, maiores as chances de sobrevivência. A sobrevida média de um paciente de câncer é de cinco anos. Segundo o coordenador do Inca, o aumento das mortes por câncer no país e no mundo é conseqüência das melhores condições econômicas da população.
É fruto do envelhecimento, da melhoria das condições de vida, padrão de consumo, alimentação, obesidade, exposição a fatores de risco como tabagismo, poluentes ambientais. É todo um padrão de vida e de consumo hoje no nosso mundo industrializado, urbano, globalizado.
O estado do Rio Grande do Sul registrou a maior taxa de mortalidade masculina, com 160 mortes a cada mil casos entre 2000 e 2004. Neste mesmo período, a maior quantidade de mulheres vítimas do câncer foi no Distrito Federal. Já o Maranhão registrou menos mortes, tanto de homens quanto de mulheres.