A inflação de 0,07% em setembro na capital paulista, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), foi a menor desde o final de julho de 2007, quando a variação foi de 0,04%. A informação é do coordenador do IPC-S da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, que atribuiu o resultado ao comportamento dos preços do grupo Alimentação, que tiveram deflação de 0,41% no mês passado.
“A queda dos preços dos alimentos foi mais uma vez decisiva para o comportamento da inflação, enquanto os demais grupos continuaram sem grandes surpresas”, afirmou Picchetti, que inicialmente previa uma alta de 0,50% para o IPC-S de setembro, mas, por conta da deflação dos alimentos revisou a estimativa, no decorrer do mês, para uma taxa geral próxima à variação zero ante elevação de 0,54% em agosto.
Entre os segmentos do grupo Alimentação, a FGV destacou o comportamento dos Laticínios, que saíram de uma alta de 0,09% na terceira quadrissemana de setembro para uma baixa de 2,66% no encerramento do mês. Só o preço do leite Longa Vida caiu 7,86% na terceira medição de setembro.
O grupo Habitação subiu 0,42% no final de setembro, contra uma alta de 0,59% na terceira quadrissemana do mês e uma variação positiva de 0,70% em agosto. O grupo Vestuário, por sua vez, representou o maior movimento de elevação do IPC-S paulistano, com uma alta de 1,20% ante 0,59% do terceiro levantamento de setembro e 0,07% do fechamento de agosto.
Com pressões de alta ou de baixa menores para o IPC-S, figuraram os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (-0,08% ante 0,07% da terceira quadrissemana do mês); Educação, Leitura e Recreação (0,47% contra 0,50%); Transportes (-0,14% ante -0,24%); e Despesas Diversas (0,28% contra 0,25%).
