Escutas do Deic flagram dois funcionários em conversa com integrantes da facção criminosa
Pelo menos dois agentes da Penitenciária de Riolândia possuem ligação com o PCC. A suspeita surgiu com base em escutas telefônicas feitas em todo o interior pelo Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado) e pelo Ministério Público.
Ambos investigam sigilosamente o envolvimento de agentes presidiários com a facção criminosa.
Além da dupla de Riolândia, outros cinco agentes no Estado foram flagrados em conversas com membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Suspeita-se inclusive da participação do grupo no assassinato de cinco agentes nos últimos dias.
Segundo disse um delegado do Deic sob a condição do anonimato, os agentes negociam fugas com o PCC em troca de dinheiro. Há suspeita de que isso tenha ocorrido no presídio de Riolândia (leia texto abaixo). A média salarial da categoria no Estado é de R$ 1,2 mil.
As escutas devem prosseguir por algumas semanas, de acordo com o delegado. Os agentes, cujos nomes não foram revelados, serão exonerados dos cargos, além de responderem a processo por associação ao crime, segundo a direção do Sindicato dos Agentes Penitenciários em Rio Preto.