quinta, 26 de dezembro de 2024
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A revolução popular é o caminho

Dia desses em minha página no Facebook, fiz a seguinte indagação: “Apesar de algumas ponderações e atitudes recentes, a dúvida sempre persiste. O jovem politizado deve manter uma posição radical…

Dia desses em minha página no Facebook, fiz a seguinte indagação:

“Apesar de algumas ponderações e atitudes recentes, a dúvida sempre persiste. O jovem politizado deve manter uma posição radical ao poder, tratando todo forma de comando que existe atualmente como nociva e viciada em um sistema retrogrado que busca mais o benefício próprio ou de grupos, ou devemos tentar nos alinhar e participar do sistema, tentando a partir dessa participação, mudar efetivamente o processo. E aí jovem, o que fazer?”

Após a colocação de alguns amigos, comecei uma reflexão bastante árdua sobre o tema, e como nas grandes dúvidas que tomam conta de todos os homens, as respostas iam e vinham, ora contrapondo-se, ora se complementando, mas basicamente, indo sempre na mesma direção.

A primeira ideia concreta que tive, foi que não importando em qual campo o jovem esteja (e esse pensamento ultrapassou a barreira da juventude, como você poderá ler a seguir), a atitude dele sempre tem que ser revolucionária. Não a revolução armada ou violenta que geralmente culmina na queda dos governantes, mas a revolução de pensamento, de ideais e ideias. O jovem deve propor sempre o ousado, o diferente. Ideias que sejam inovadoras, porém racionais.

Por mais clichê que essa ideia possa parecer, quando ideias racionais são colocadas em prática, o sistema está sendo revolucionado, pois no meio político comum, o racional é quase sempre colocado de lado em troca de interesses e favores para grupos fechados ou pessoas especificas.

Temos um hiato eterno de moralidade, e essa moralidade do mundo político que tem que ser recuperada.

A participação do jovem no cerne dessa questão se faz providencial, pois o jovem ainda está (pelo menos assim deve ser), longe dos vícios que norteiam a maneira falso-republicana que se faz política nos dias atuais. Partindo desse princípio, mais a alta quantidade de informações que ele tem acesso hoje, utilizando-se principalmente da internet em detrimento das mídias manipuladoras convencionais, seu protagonismo político tem que ser levado em consideração, não só pelo meio, mas por ele próprio.

Os jovens de hoje devem encarnar o espírito revolucionário do século XXI, que como foi dito acima não precisa da atitude raivosa de outras gerações, mais sim da participação ativa em busca da moralidade dos poderes.

O segundo pensamento que me veio, é de como a questão colocada não serve apenas para o jovem, mas sim para toda a população que realmente sofre as mazelas do sistema (quando uso a palavra ‘sistema’ aqui, não me refiro as capitalismo em si, como a palavra geralmente é usada, mais sim de tudo o que cerca a vida de uma pessoa, como condições socioeconômicas – aí sim entra o capitalismo – sistema político vigente, desigualdade social, violência e outros).

As grandes massas populacionais, concentradas principalmente na periferia das cidades, devem ter voz ativa e participação decisiva em tudo o que compreende o Estado. Sua participação deve ir acima da representatividade que o voto lhe dá, pois esse pequeno mecanismo se mostra cada vez menos eficiente e menos correspondente aos anseios da população.

Coloco essa massa que compõe basicamente as classes C, D e E como grande agente de transformação porque o que vemos hoje nesse sistema já representado em outros parágrafos, é o retrato do que o domínio das classes A e B culminou. Obviamente que existem grandes nomes e pessoas corretas nas classes mais ricas, porém uma decisão tomada por alguém que nunca sujou o pé de barro nas ruas de um bairro pobre (não estou contando época de campanha aqui), não é suficiente.

O intelecto das classes mais altas tem que ser utilizado, mas não pode ser o norte principal de uma administração. O povo que vive de perto as situações calamitosas, tem na vivência o que lhes é necessário, e isso, nenhum diploma pode comprar.

As reflexões ainda são iniciais, porém é inegável que todas os pensamentos levam a uma convicção, que pode ter várias formas de ser aplicadas (assunto para mais tarde). O que a política brasileira precisa é da ampla e profunda participação popular. Quando o povo realmente utilizar o poder que lhe é permitido, não serão necessárias mudanças bruscas no sistema, pois esse tipo de revolução por si só já mudará as estruturas deficitárias e ineficientes que existem hoje.

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