sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Juiz faz sugestões para combater violência em escolas

O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, reuniu-se segunda-feira com diretores de todas as escolas subordinadas à Direção Regional de Ensino, de Fernandópolis, para passar orientações de…

O juiz da Vara da Infância e Juventude, Evandro Pelarin, reuniu-se segunda-feira com diretores de todas as escolas subordinadas à Direção Regional de Ensino, de Fernandópolis, para passar orientações de combate à criminalidade entre estudantes.

Uma lista com 22 sugestões desde a proibição ao uso de bonés dentro das salas de aula até a formação de filas e padronização de uniformes. O juiz também sugeriu a montagem de um cadastro com todos os dados possíveis dos estudantes e parentes, além de proibir a realização de eventos musicais que incentivem a violência.

O encontro com os educadores ocorreu poucos dias depois da apreensão de cocaína e crack com um aluno da Escola Estadual Afonso Cáfaro.

Pelarin também sugeriu que funcionários das escolas façam revistas em mochilas e em materiais dos alunos, para o combate ao uso de armas e de drogas. “Isso é muito importante, mas eu destaco a necessidade de comunicação de todos estes fatos à Vara da Infância e Juventude. Só assim o Poder Judiciário e o Ministério Público poderão agir”, disse.

Entre as sugestões, o juiz incluiu a necessidade de estímulo às práticas religiosas, com a presença de padres, pastores e ministros das igrejas nas salas de aula, em palestras, seminários, etc. “Eu acho que as escolas podem acatar integralmente o que foi sugerido, com as adaptações de cada localidade”, disse a diretora regional de ensino, Adélia Menezes.

Veja as sugestões:
1. Proibição de bonés na escola (esconde-se droga, aspecto informal demais, mostra o ambiente da rua dentro da escola);
2. Exigência de uniforme. Rigidez nesse controle;
3. Imposição de filas para entrada de alunos na sala de aula, inclusive, no retomo do intervalo;
4. Cantar o hino nacional, pelo menos uma vez por semana, com hasteamento da bandeira.
5. Proibir eventos dentro da escola com músicas que incentivam a violência;
6. Estimular campeonatos escolares (esporte ou ciência);
7. Manter atenta vigilância na entrada e saída dos alunos;
8. Manter cadastro atualizado dos telefones (vários parentes) dos alunos;
9. Manter os portões sempre fechados após o início das aulas;
10. Os alunos que chegam ou saem não devem permanecer aglomerados na porta da escola;
11. Chamar a polícia diante da presença de pessoas estranhas na frete da escola;
12. Revista pessoal em adolescentes e em materiais escolares (pelo menos, para escolas onde há suspeitas de drogas);
13. Aumentar os procedimentos de punição dos alunos, tomando públicas as audiências e punições. Após as punições, encaminhar o resumo dos atos para a Vara da Infância e Juventude;
14. Premiar sistematicamente, com dias certos, os melhores alunos, tomando públicas essas premiações;
15. Treinamento de segurança para inspetores de ensino com a polícia;
16. Inserção de religião dentro das escolas (padres, pastores ou ministros religiosos);
17. Abrir as escolas para execução de medidas sócio-educativas de prestação de serviços à comunidade (lembrar do caso da escola Melvin Jones, onde 14 adolescentes cumpriram essas medidas por bagunça dentro da escola);
18. Ensinar as crianças e adolescentes a pedir ajuda à polícia;
19. Orientar as crianças e adolescentes a cumprir o trajeto escola-casa;
20. Desenvolver um programa de segurança integrado com professores, funcionários e alunos (isso pode ser implementado pela polícia);
21. Estimular a presença dos bombeiros nas escolas com cursos de treinamento de segurança.
22. Qualquer ameaça deve, em princípio, ser considerada como possível de ser concretizada.

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