Reabilitação Baseada na Comunidade foi o projeto apresentado a Câmara Municipal de Araçatuba nesta segunda-feira (02), durante a 5ª sessão ordinária, na Tribuna Livre pela presidente do Hospital Neurológico Ritinha Prates, Cida Nascimento Xavier.
A sessão foi acompanhada por 50 profissionais da área, que apóiam a implantação do projeto a nível municipal. A proposta visa à implantação de serviços de fisioterapia e terapia ocupacional nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no programa Saúde da Família e nas escolas municipais, promovendo a saúde e bem-estar da população.
Uma das principais metas é promover a prevenção de doenças, melhorar a qualidade de vida da população, reduzir as faltas escolares e trabalhistas, oferecer tratamento pré e pós operatório, a fim de minimizar as complicações, reduzir os custos com internações hospitalares entre vários outros benefícios.
O trabalho tem como objetivo prevenir o aparecimento dessas doenças e principalmente identificar possíveis predisposições, com ações de reabilitação. “O projeto deve também realizar a integração de portadores de necessidades especiais na sociedade. Além do que, alguns estudos já apontam para a redução dos custos com doenças em localidades em que a fisioterapia ou a terapia ocupacional é oferecida pelo Estado” afirma.
DADOS – De acordo com a proposta, cerca de 30 mil pessoas são portadoras de alguma disfunção devido a doenças crônicas, deficiência física e outras. O estudo aponta ainda, que para cada cidade de 100 mil habitantes, estima-se que existam aproximadamente de 13 mil pessoas portadoras de algum tipo de deficiência.
Segundo Cida, o trabalho de fisioterapia e terapia ocupacional podem reduzir em até 88% as dores dos pacientes, diminuição do número de reconsultas nas UBS e redução e até eliminação do uso de medicamentos.
Para a presidente, a sociedade deve contribuir para que haja melhorias no setor de saúde municipal. “Saúde é um direito fundamental do ser humano, resguardado pela constituição federal, devendo ao Estado promover condições para que reduza os riscos de doenças e de outros agravantes” comenta.
“A grande parte dos idosos e adultos que entram nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTIs) retornam aos hospitais por não receberem tratamento adequado na comunidade, por não continuarem o tratamento em casa” declara a ela.
Segunda Cida a prevenção garanti uma melhor qualidade de vida além de prolongá-la. “Esse projeto vai reduzir a procura de atendimento no Hospital Neurológico Ritinha Prates, e ampliar o acesso da população a essa especialidade”. Cida afirma ainda que por ano são gastos cerca de R$ 10 milhões com os Centro de Tratamento Intensivos (CTI), que poderiam ser reduzidos com um trabalho de prevenção.
