domingo, 10 de novembro de 2024
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Seca antecipada prejudica a produção agrícola na região

A região de Rio Preto registrou queda nos índices de preciptação pluviométrica no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010 e 2011, o que já afeta…

A região de Rio Preto registrou queda nos índices de preciptação pluviométrica no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010 e 2011, o que já afeta a produção agrícola regional, causando ao produtor a sensação de que o período de seca começou mais cedo.

O Instituto Nacional de Pesaquisas Espaciais (Inpe) atesta o índice pluviométrico menor nos primeiros meses deste ano e informa o deslocamento de massas frontais polares pelo continente que causam quedas na temperatura e devem proporcionar um inverno mais frio, com possibilidade de ocorrer geadas.

Os meses de verão historicamente concentram o maior volume de chuvas no Noroeste paulista. Na média anual nos municípios da região, o volume de chuva oscila entre 1.200 milímetros e 1.400 milímetros. Mas o primeiro trimestre deste ano apresentou um volume de chuvas inferior ao mesmo período em anos anteriores.

Em 2010, as chuvas em quatro localidades que contam com estações meteo-rológicas do Centro Integrado de Informações Meteorológi-cas (Ciiagro) somou 2.403 milímetros em Fernandópolis, Jales, Rio Preto e Votuporanga, equivalendo a uma média de 801 milímetros por localidade. No ano passado, a somatória das quatro localidades totalizou 3.825 milímetros (média de 1.275 milímetros) e este ano o resultado foi de 1.794 milímetros (média de 598 milímetros).

As expectativas dos produtores, com base na própria experiência, são confirmadas pelo meteorologista o Centro de Previsão do Tempo e Estações Climáticas (CPTec) do Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), José Felipe Farias. Ele que afirmou que, devido à ocorrência de massas de ar quente e seco nos meses de fevereiro e março, a quantidade de chuvas foi menor este ano.

Segundo ele, a previsão realizada para abril, maio e junho indica que o volume de precipitação pluviométrica ficará dentro da normalidade de cada região. No Estado de São Paulo e em todo Sudeste e Centroeste, as chuvas no trimestre devem ficar entre 100 e 200 milímetros. O presquisador do Ciiagro, Daniel Contantino Blain, também destacou a redução das chuvas em fevereiro e março deste ano devido às massas de ar quente e destacou o avanço de massas frontais polares sobre o continente sul-americano.

Ele explica que é a existência de umidade que impede a ocorrência de geadas. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) avalia que podem ocorrer geadas em noites sem nuvens e que apresentam temperaturas na faixa de 7 ou 8 graus centígrados até as 19 horas.O professor Fernando Tangerino, responsável pela Área de Hidráulica e Irrigação da Unesp de Ilha Solteira, informou que em alguns municípios do Noroeste paulista foram registrados os menores índices pluviométricos das últimas duas décadas.

“Enquanto a média histórica dos últimos 20 anos é de 172 milímetros para o município de Ilha Solteira no mês de março, neste ano a precipitação total neste período não passou de 14 milímetros, cerca de 8% da média esperada.”Os dados fornecidos pelo professor Tangerino são apurados em oito estações agrometeorológi-cas localizadas em propriedades agrícolas em Ilha Solteira, Itapura, Mrinópolis, Paranapuã, Pereira Barretos (2), Populina e Sud Mennucci.

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