domingo, 24 de novembro de 2024
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Zoológico de Rio Preto registra raro nascimento de antas gêmeas

Funcionários do Zoológico Municipal de Rio Preto comemoraram, nesta terça-feira (30), o nascimento raro de filhotes gêmeos de anta (Tapirus terrestris). Os gêmeos bivitelinos, um macho e uma fêmea, nasceram…

Funcionários do Zoológico Municipal de Rio Preto comemoraram, nesta terça-feira (30), o nascimento raro de filhotes gêmeos de anta (Tapirus terrestris). Os gêmeos bivitelinos, um macho e uma fêmea, nasceram no último dia 22 de fevereiro, resultado de cruza e parto natural.

A fêmea nasceu com 6,920kg e o macho com 4,445kg. Ambos estão bem de saúde, mamam e comem alguns alimentos mais palatáveis, como mamão, banana e melão. O objetivo é que, depois de desmamados, os animais sejam encaminhados para uma área de soltura na cidade de Descalvado (SP). De acordo com técnicos do Zoo, o nascimento de gêmeos é um evento não muito comum entre as antas, por este motivo foi muito comemorado e aguardado para ser divulgado à imprensa.

Com os gêmeos, agora são quatro os filhotes de anta nascidos no Zoológico de Rio Preto em menos de dois anos. Em agosto de 2019, nasceu uma fêmea e em dezembro de 2020, um macho. Os filhotes são resultado da cruza de um casal de antas, que vive no local. A gestação da espécie dura em média 13 a 14 meses.

Os pais são uma fêmea nascida no Zoo e o macho foi resgatado pela Polícia Ambiental em Irapuã (SP). Ele foi trazido ao Zoológico em janeiro de 2019. Tinha sido encontrado filhote e criado, por trabalhadores, em uma fazenda de laranja da região. Com os gêmeos, este é o quarto filhote gerado pelo mesmo macho.

O Zoo, agora, conta com sete antas e é uma das instituições que trabalham na conservação da espécie, nativa brasileira, para sua reprodução em cativeiro, visando manutenção da diversidade genética e o futuro repovoamento de áreas, onde se torna escassa ou extinta.

SOBRE A ESPÉCIE

Animal símbolo do Zoológico de Rio Preto, a anta aparece na nova logomarca do Zoobotânico, por sua importância no meio ambiente: é uma grande dispersora de sementes, conhecida como jardineira da floresta.

A anta (Tapirus terrestris) é o maior mamífero herbívoro do Brasil e pertence à família Tapiridae. O animal de grande porte pode medir até dois metros de comprimento e pesar até 250 quilos. Tem focinho alongado que lembra uma pequena tromba.

Assume coloração marrom-acinzentada com o crescimento, mas nasce com predomínio da cor marrom e listras e pintas claras. A face é mais clara, as pernas são curtas e negras. Alimenta-se de galhos, gramíneas, plantas aquáticas, cascas de árvores, folhas de palmeiras e também frutos.

Vive entre a vegetação da floresta e geralmente procura alimento em matas e pastos, ao anoitecer. A anta é excelente nadadora. Pode ser avistada atravessando lagos e rios. Costuma ainda banhar-se em poças e até se esconder. A espécie ocorre na Venezuela, Colômbia, no Paraguai, Norte da Argentina, leste dos Andes e também no Brasil. É um animal ameaçado de extinção.

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