No sábado (21), o goleiro francês Mike Maignan, do Milan, enfrentou ofensas racistas durante o jogo contra a Udinese, pelo Campeonato Italiano.
Após relatar o incidente ao árbitro aos 33 minutos do primeiro tempo, a partida foi paralisada brevemente, mas retomou cerca de cinco minutos depois.
Maignan foi vaiado ao longo do jogo sempre que tocava na bola.
O protocolo atual da Fifa instrui os árbitros a interromperem a partida em casos de racismo, mas o presidente Gianni Infantino defendeu a implementação de uma “derrota automática” para times cujos torcedores cometem atos racistas.
Infantino expressou sua posição através das redes sociais, enfatizando a necessidade de medidas mais severas contra o racismo no futebol. Ele propõe não apenas a interrupção e eventual abandono da partida, mas também a imposição de uma derrota automática para os times cujos torcedores praticaram atos racistas.
“Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar uma derrota automática para o time que os torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas”, escreveu.
O incidente com Maignan segue outros casos recentes de racismo no futebol, incluindo o atacante brasileiro Vinicius Junior, que foi alvo de ofensas racistas antes da partida entre Real Madrid e Atlético de Madrid na última quinta (18). Os torcedores do time adversário o insultaram chamando-o de “macaco”. Vinicius Junior é frequentemente alvo de ataques racistas no ambiente esportivo.