O coordenador da rede de Urgência e Emergência de Votuporanga e médico infectologista, Chaudes Ferreira Junior, confirmou o registro do primeiro caso de reinfecção por coronavírus no município. A informação foi dada durante uma live realizada pela Santa Casa em suas redes sociais.
De acordo com o médico, a paciente em questão testou positivo para a doença pela primeira vez no dia 30 de março, no início da pandemia, e voltou a apresentar os sintomas no início deste mês sendo novamente submetida ao exame para Covid-19, que confirmou a reinfecção.
“Ontem (segunda-feira, dia 7) eu atendi uma paciente em meu consultório e sua primeira infecção foi no dia 30 de março, no início da pandemia, abriu sintomas típicos e foi confirmado com o PCR-RT (exame) e isso do Ministério da Saúde, confirmado pelo Laboratório Adolfo Lutz. Agora ela abriu sintomas esse mês novamente e com PCR-RT confirmando novamente o vírus no dia 3 de dezembro. É o primeiro caso que estou presenciando de reinfecção”, disse o infectologista.
Ainda conforme o médico a paciente não possui comorbidades, superou a primeira e está passando pela segunda infecção sem apresentar grandes complicações. “É uma jovem, sem comorbidades e que, graças a Deus, passou bem pela primeira infecção e já está no décimo dia da segunda infecção. Felizmente está tudo correndo bem”, completou.
Internações
A live com o médico e a confirmação do caso de reinfecção surgem bem no momento em que a Santa Casa de Votuporanga volta a atingir patamares alarmantes de ocupação dos seus leitos. De acordo com o Informe Diário de atendimentos do hospital, dos 18 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) reservados para pacientes com Covid-19, apenas dois estão livres, o que representa uma taxa de ocupação de 88,88%.
“Nós estamos no terceiro pico da primeira onda. A primeira onda não terminou ainda e estamos sofrendo novamente. Os leitos estão ocupando de uma forma rápida, o fluxo do pronto atendimento também já está aumentando, então percebemos que estamos sofrendo um novo pico dessa primeira onda”, completou Chaudes.
Diante dessa situação o médico linha de frente do enfrentamento ao coronavírus do município reforçou a necessidade de se manter os cuidados de prevenção ao contágio.
“A gente continua insistindo no uso de máscaras, no distanciamento social e higienização das mãos. Utilizando a máscara todo dia para trabalhar, mantendo o distanciamento e evitando aglomerações, vamos evitar que chegue de uma forma muito rápida vários pacientes contaminados ao mesmo tempo. Essa é a nossa maior preocupação, de não termos estrutura para atender todo mundo. Estamos aqui, preparados, montamos essa equipe e queremos terminar essa pandemia de uma forma menos trágica possível. Até agora estamos conseguindo evitar esse colapso em Votuporanga. Temos que tentar segurar ao máximo esse número de pacientes até que tenha a vacinação”, concluiu.