sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Votuporanga investirá R$ 3 mi em recuperação ambiental de microbacia

Na próxima sexta-feira (17/2), a Prefeitura de Votuporanga e Saev Ambiental irão apresentar o maior programa de recuperação de áreas de preservação ambiental já realizado na cidade. Com investimentos de…

Na próxima sexta-feira (17/2), a Prefeitura de Votuporanga e Saev Ambiental irão apresentar o maior programa de recuperação de áreas de preservação ambiental já realizado na cidade. Com investimentos de R$ 3,3 milhões e apoio da Associação dos Produtores Rurais do Marinheirinho, durante os próximos dois anos o Córrego receberá um intenso trabalho de plantio, educação ambiental de produtores e população do entorno, cercamento de APPs (Áreas de Preservação Permanente) de nascentes e córregos.

Até o final deste mês, as ações começam a ser desenvolvidas com recursos do Governo do Estado, Departamento de Estradas e Rodagens (DER), Caixa Econômica Federal e Agência Nacional de Água (ANA).

Intitulado “Vida ao Marinheirinho”, o programa dará atenção especial ao córrego que por muitos anos sofreu ações de degradação do homem e o despejo in natura do esgoto gerado em Votuporanga. A revitalização vem na sequência do início de funcionamento da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) “Antonio Aparecido Polidoro” que passou a receber, tratar e despejar a água limpa e não mais poluída no córrego. O trecho ligado à ETE está à jusante da represa de captação de água da Saev Ambiental.

Agora, o novo programa irá cuidar da área à montante da represa, responsável por 40% do fornecimento de água para abastecimento público; a outra parte é coletada por poços subterrâneos ligados ao Aquífero Guarani. O córrego Marinheirinho deságua no Rio Grande. Sua vazão mínima fica em torno de 206 litros por segundo com as primeiras nascentes próximas ao Distrito de Simonsen.

Histórico

“Tudo começou com o levantamento georreferenciado feito pela Polícia Ambiental de Votuporanga de todas as propriedades rurais que possuíam nascentes ligadas à represa municipal. Com o envolvimento da Associação dos Produtores Rurais do Marinheirinho e com o empenho da Promotoria do Meio Ambiente, demos os primeiros passos para buscar esta melhoria para toda Votuporanga”, explica o superintendente da Saev Ambiental, Eng. Marcelo Marin Zeitune.

O Secretário de Meio Ambiente, Geól. Gustavo Gallo Vilela completa que o trabalho teve sequência com a elaboração do Programa Municipal de Mata Ciliar com foco na revitalização de áreas degradadas na zona urbana e rural. O Córrego foi eleito como prioritário para receber ações de proteção e recuperação por se tratar de manancial responsável por abastecimento público, além de ter toda sua área inserida em território urbano. No último ano, o empenho da Prefeitura, da Saev Ambiental e da Associação dos Produtores Rurais, junto a órgãos estaduais e federais, permitiu a liberação dos recursos.

O programa

Devolver a vida aquática do manancial, aumentar a vazão do córrego, desassorear suas margens, recuperar a vegetação nativa e promover a volta da fauna estão entre os resultados do programa “Vida ao Marinheirinho” que é dividido em quatro projetos. Cada um conta com o recurso de determinada instituição; alguns com a contrapartida do município.

A maior verba será empregada inteiramente pelo DER. Num valor em torno de R$ 2,3 milhões, o departamento do Estado elegeu as APPs do córrego para receber parte do plantio compensatório referente às obras de duplicação da Rodovia Euclides da Cunha (SP-320). Além do plantio, o trabalho prevê isolamento das áreas de preservação permanente e a manutenção pelo período de dois anos. O DER atuará numa área de 42 hectares, envolvendo 24 propriedades rurais.

Em outra área, de 21 hectares com 16 propriedades, serão liberados R$ 380.933,23 pelo Fundo Socioambiental da Caixa Federal. Com a contrapartida de R$ 24.308,00, a Saev Ambiental irá plantar espécies nativas, isolar e recuperar a vegetação nas APPs e promover educação ambiental da população do entorno. Alguns dados da área já foram coletados e georreferenciados por engenheiro florestal, responsável técnico pelas ações do projeto.

Pelo projeto Olhos D´Água, a Agência Nacional de Água (ANA) empregará recursos de R$ 428.000,00 em 12 hectares para isolar 17 nascentes, recuperar a vegetação e desenvolver ações de educação ambiental. O município destinará outros R$ 48.715,20.

Também voltado para nascentes, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, com a CBRN – Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais e CRHI – Coordenadoria de Recursos Hídricos prevê o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), ou seja, remuneração dos produtores rurais que preservarem e/ou recuperarem APPs de nascentes em suas propriedades. (Assessoria de Imprensa)

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