O operador Ademir Perez, que é de Ilha Solteira e trabalha na usina de Jupiá, em Três Lagoas, resgatou um filhote de tamanduá-mirim ontem (13), atropelado próximo à Itapura, quando voltava do trabalho. O animal foi levado para o Centro de Conservação da Fauna e Flora Silvestre de Ilha Solteira, o zoológico, onde recebe os cuidados necessários.Ademir explica que o atropelamento ocorreu entre o km 12 e 14 da Rodovia dos Barrageiros, cerca de dez quilômetros antes de Itapura. “Eram dois os filhotes atropelados. Consegui resgatar apenas um, porque o outro já estava morto”, explica Perez.
Ele, que é voluntário em abrigo de animais e tem experiência em situações semelhantes, pegou o animal, colocou em seu carro e levou até o zoológico de Ilha Solteira, onde ele está recebendo os cuidados necessários. “Peguei o animal, pois já tenho experiência em casos semelhantes. Mas não é recomendável pegar um animal silvestre do nada. E o zoológico só recebeu o tamanduá, pois sou funcionário da CTG. Geralmente, eles só recebem animais trazidos pelos Bombeiros ou Polícia Florestal”, disse Perez.
O animal está em recuperação. Mas só nesta sexta-feira (14) será possível avaliar se ele já não corre risco de morte.
Animais na pista
É grande o número de animais silvestres que circulam nesse trecho. E muitos, infelizmente, acabam sendo atropelados e mortos.
Como não há passagens subterrâneas para animais no trecho, eles cruzam a pista para alcançar o outro lado da mata. Com isso, acidentes acontecem com frequência.
Levantamento aponta que o número de animais mortos em estradas é superior ao número de animais mortos por caça. Alguns desses animais atropelados estão ameaçados de extinção.
O que fazer quando identificar animais na pista?
Reduza a velocidade.
• Nunca buzine para não assustar o animal.
• Não pisque os faróis ou jogue luz sobre o animal.
• Feche os vidros do veículo ao passar perto de animais de grande porte.
• Se for necessário ultrapassar, siga por trás dos bichos.
• Depois de ultrapassar, sinalize para os motoristas que vêm em direção oposta sobre o perigo, piscando os faróis. Piscar três vezes o farol e posicionar a mão para baixo com quatro dedos abertos indica a presença de animais na pista.