O ex-prefeito de Fernandópolis, Luiz Vilar de Siqueira, classificou de “inerte” a administração da prefeita Ana Bim, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira. “Estou me sentindo preocupado, indignado e triste com os rumos de Fernandópolis. Sinto que a cidade está sem forças para nada”, disse, citando que “as perdas estão ocorrendo por absoluta inércia”.
As declarações de Vilar – que falou “na condição de cidadao” apesar de presidir a Fundação Educacional e o Diretório do Partido Democrata (antigo PFL) foram baseadas na possibilidade de desativação do DEPRN (Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais), prevista para o mês que vem. “Perdemos um escritório regional de saúde e um núcleo de saúde, que centralizam serviços e funcionários em Fernandópolis. Agora vamos perder o DEPRN para Jales e não vejo nenhuma ação do Executivo e do Legislativo”, afirmou.
O governo pretende fundir o Departamento com escritórios regionais da Cetesb. Um deles, inclusive, previsto para Jales.
Para Vilar, a Câmara e a Prefeitura “brigam por picuinhas” enquanto “ninguém faz nada”. “Estão alheios, passivos e, assim, estamos sem nenhuma força política”.
A “inércia” da administração municipal respingou no apoio político de Ana Bim~, nas eleições de 2004, ao então candidato a deputado federal, Paulinho da Força (PDT). “Cadê o deputado apoiado pela prefeita?”, indagou, e criticou a Associação de Amigos do Município “que deveria estar mais atenta a isso”.
Na tarde desta quinta-feira, Vilar vai encaminhar um ofício aos deputados Júlio Semeghini (federal, PSDB) e Rodrigo Garcia (estadual, PD) para que intervenham contra a desativação do DEPRN.
Retaliação
Apesar do posicionamento crítico, Vilar disse que não teme retaliações políticas de Ana Bim, da Câmara e da Associação. “Tenho minha vida em ordem e não temo retaliações”, disse.
A prefeita e os presidentes da Câmara, vereador Ademir de Almeida (PP) e da Associação, Humberto Merlin, não foram ouvidos sobre as declarações do ex-prefeito.
