Férias escolares, festas juninas, feiras e exposições agropecuárias são eventos tradicionais em nossa região, principalmente, nos meses de junho a agosto. Coincidindo com o inverno – a época mais fria do ano, nada melhor que festejar e permanecer em ambientes mais quentes e aconchegantes.
Esse período é também a que apresenta os menores índices de umidade relativa do ar. No último dia 14 de julho, a cidade estava em estado de alerta, a umidade relativa do ar na cidade chegou a 14%, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando a umidade relativa do ar fica entre 12% e 20%, considera-se estado de alerta. As junções dos três fatores: clima frio e seco e aglomeração de pessoas num mesmo local resultam, na maioria das vezes, em danos a saúde.
Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica faz um apelo a população quanto aos cuidados para evitar o contágio de doenças. O ar seco provoca um crescimento no número de casos da doença, como por exemplo, a conjuntivite. Nos últimos meses, a população de Votuporanga atravessou por um surto.
Segundo a Vigilância Epidemiológica municipal é necessário entender que o principal meio de transmissão é o contato direto centre pessoas infectadas, quando aglomeradas. Um aperto de mão, por exemplo, pode transmitir a doença caso a pessoa coloque as mãos sujas nos olhos.
Nesta época, é preciso se atentar aos sintomas e as formas de contágio:
– Evite coçar os olhos com as mãos, e use lenços ou panos limpos;
– Cuidados de higiene pessoal, como lavar com freqüência as mãos e o rosto com água e sabão e fazer uso freqüente do álcool em gel.
Não existem vacinas contra essa infecção.
A conjuntivite é caracterizada por vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, inchaço nas pálpebras, secreção esbranquiçada, sensação de desconforto nos olhos e pode durar até 15 dias até a cura.
Varicela
Aglomeração de pessoas, clima frio e seco são fatores que interferem ainda no aparecimento da varicela, a conhecida catapora. A doença caracterizada pela presença de febre e manchas avermelhadas pelo corpo, evoluindo para crostas até a cicatrização. A transmissão ocorre, assim como a conjuntivite, de pessoa a pessoa com lesões na pele e por disseminação aérea de partículas virais. O período de maior transmissibilidade inicia-se dois dias antes do aparecimento das vesículas e perdura enquanto houver vesículas. O período de incubação é, em média, de 14 a 16 dias (varia de 2 a 3 semanas).
A varicela pode acomete pessoas durante o ano todo, no entanto, percebe-se o aumento no número de casos durante o inverno – sempre frio e seco, no Brasil.
A vacina contra varicela está disponível exclusivamente para utilização em surtos, apenas para bloqueio em ambiente hospitalar e controle em creches (públicas ou privadas) nas quais a incidência da varicela é maior do que em crianças da população em geral.
Alguns fatores e medidas preventivas devem ser levadas em consideração:
– Lavar as mãos após tocar nas lesões potencialmente infecciosas. Nunca se esquecer do uso do álcool em gel;
– Isolamento – crianças com varicela não complicada só devem retornar à escola após todas as lesões tenham evoluído para crostas e não ficarem expostas, sob nenhuma hipótese em meio a aglomerações e festejos dessa época.
– Crianças imunodeprimidas ou que apresentam curso clínico prolongado só deverão retornar às atividades após o término da erupção
