Na noite da última terça feira, dia 24, foi apresentado pelos alunos do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, no Anfiteatro da Fundação Educacional de Fernandópolis, o vídeo documentário “Os Gêneros e o Sexo”, que relatou as diversas formas de sexualidade do século 21.
“Os Gêneros e o Sexo”, ao longo de sua apresentação, trouxe depoimentos de pessoas que disseram que os assexuados vivem de forma camuflada, têm suas necessidades e vontades, mas acabam vivendo reprimidos pelos seus desejos não realizados, pois têm medo de viver na sociedade.
Já o depoimento de uma transexual falou até mesmo do constrangimento de uma consulta médica e atesta que hoje sua condição sexual estaria ligada ao fato de que seu pai era muito agressivo no convívio familiar.
Em um bate papo descontraído entre três estudantes do curso de Jornalismo e um estudante de Psicologia, os mesmo relataram suas opiniões e conceitos que, ao final, teve a mesma reflexão de que o respeito a cada ser deve existir independente de sua condição de status social, cultural, sexual e afins.
Em entrevista com Marcelo Matos, coordenador do curso de Jornalismo, ele relatou ser uma pessoa liberal, defendo a questão da inciativa, o que estimula o conceito da criação. “Foi sem dúvida um evento reflexivo que serviu para quebrar paradigmas e conceitos até então desconhecidos, pois todo ser humano é merecedor de elogios capazes de edificarem sua existência”.
Quanto ao resultado, foi óbvio que dispendeu bastante esforço e competência para a realização de tal fato. A professora Patrícia Guilhemat, orientadora e idealizadora do projeto, disse estar muito contente com o resultado final, pois acompanhou o trabalho dos alunos desde o início, com relação à produção e desenvolvimento do vídeo documentário, mencionando, ainda, a participação efetiva do 4º semestre, também do Curso de Jornalismo, que participou da produção do evento, comunicação e assessoria. “O objetivo do vídeo documentário não era mudar a “cabeça” das pessoas, mas sim o de informar. Muitos ainda têm os pré-conceitos sexuais por falta de informação”, relatou ela.
O que chamou a atenção em alguns depoimentos foi a falta de tolerância, aceitação e respeito por parte das pessoas. Victor, um dos integrantes do vídeo documentário, nos disse que, por ser andrógeno, sofreu preconceito familiar, mas nunca escondeu a satisfação de condição sexual, prevalecendo o amor próprio; outro depoimento foi de Rafael, que disse ter uma lição de que é fundamental respeitar as diferenças e se respeitar, por ser homossexual com estilo andrógeno tendo em sua família um porto seguro e independente de qualquer tabu sugeriu o amor acima de tudo em suas várias formas.
Discursou também para nós a professora Elisandréia Dias, falando que o evento serviu para a quebra de paradigmas e fazer a sociedade enxergar no “diferente”, apesar de seus gostos e orientações, que todos são seres humanos e merecem total respeito.
Outro aspecto importante notado foi o ato de doar, um evento que lotou o anfiteatro da Fef ainda arrecadou cerca de 100 quilos de alimentos destinados à AVCC, um gesto simples em favor do amor ao próximo.