sexta, 8 de novembro de 2024
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Vídeo com dança sensual gravado em escola estadual vira alvo de apuração

O Conselho Tutelar de Serra Azul (SP) apura as circunstâncias de uma suposta dança sensual entre professores e alunos durante uma gincana realizada na Escola Estadual Serra Azul. As imagens…

O Conselho Tutelar de Serra Azul (SP) apura as circunstâncias de uma suposta dança sensual entre professores e alunos durante uma gincana realizada na Escola Estadual Serra Azul.

As imagens foram gravadas por um telefone celular e publicadas em uma rede social neste fim de semana. O conselho aguarda uma posição formal da direção da escola e deve denunciar o caso ao Ministério Público.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que a Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Ribeirão Preto (SP) já abriu uma apuração preliminar para investigar o caso, e convocou os responsáveis pelos estudantes para uma reunião. A data do encontro, no entanto, não foi divulgada.

As imagens mostram os alunos fazendo movimentos sensuais enquanto se apresentam na quadra da escola. Um estudante, sem camisa, chama uma colega para sentar em uma cadeira. A adolescente tem os olhos vendados, e o jovem se insinua com movimentos eróticos. Depois, meninas também dançam em volta das cadeiras. Alguns professores, que estão enfileirados de um lado da quadra, também são levados para participar da dança.
Segundo a conselheira Fabíola Carolina Gabriel Nunes, o vídeo foi postado e rapidamente retirado da web. “Conseguimos visualizar as imagens, mas quando tentamos salvar o vídeo para encaminhar às autoridades competentes, ele já não estava mais disponível”, diz. Fabíola afirma que conversou informalmente com a diretora da escola, que explicou que a gincana aconteceu em outubro de 2013.

O Conselho Tutelar notificou a instituição e fixou um prazo de 24 horas para que a direção envie uma resposta formal sobre o caso. A denúncia deve ser encaminhada a Promotoria da Infância e Juventude. “Classificamos as cenas como constrangedoras. Não condiz com o contexto escolar. Apesar de ter sido caracterizada por todos como uma brincadeira, passou um pouco do nível partindo para a sensualidade. Estamos tentando achar o caminho mais correto para que os responsáveis sejam notificados e ouvidos”, afirma.
Para o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Pedro Luiz Flausino, a situação é vergonhosa. “Isto não é uma atividade escolar. É lamentável isso acontecer dentro de uma escola. É possível, inclusive, identificar que há professores envolvidos. A princípio, é um crime contra os direitos do adolescente”, comenta.

APURAÇÃO

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que a DRE abriu uma apuração preliminar para investigar o caso, e que a equipe gestora convocou os responsáveis pelos alunos para uma reunião. A data para o encontro, entretanto, não foi informada.
A nota diz ainda que a DRE “prioriza o respeito e o bem-estar para a manutenção da educação” e que “está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à comunidade escolar”.

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