Adenilton Luís Fernandes, ex-presidente da AVCC de Fernandópolis, é neto de um dos pioneiros da cidade e região. Seu avô foi homenageado recentemente, escrevendo mais uma vez sua história no município: o viaduto na altura do km 556 + 880m da Rodovia Euclides da Cunha, receberá seu nome, Horácio Fernandes Beata.
“Toda a Família Belico, que há mais de 53 anos vive em Fernandópolis, gostaria de externar seu carinho ao deputado Itamar Borges, autor da propositura que culminou com a homenagem ao meu avô. Pelo menos um político se lembrou do Velho Belico, pessoa que tanto ajudou entidades assistenciais e eventos beneficentes na cidade. O Itamar e eu estreitamos nossa amizade à época que presidi a AVCC, sempre ajudando nosso hospital do câncer. E eu lhe fiz um pedido muito especial, que hoje se tornou realidade”, agradece Adenilton Fernandes, filho de “Tião Belico” e neto mais velho do sr. Horácio.
No dia 10 de junho, foi publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo o Autógrafo nº 30.720, do Projeto de Lei nº 12, de 2013, cujo propositor é o deputado Itamar Borges. O projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa paulista, sendo que o viaduto está localizado paralelo às margens da propriedade original adquirida nos anos 60 pelo “Velho Belico”.
O “VELHO BELICO”
Filho de Manoel Fernandes Beata e Ana Luiza de Jesus, o agropecuarista Horácio Fernandes Beata nasceu em 1916, na cidade de Taquaritinga/SP. Casou-se em 24 de setembro de 1938 com Therezinha Basso Beata, e desse casamento nasceram dez filhos: Antônio, Adilson, Aparecido, João, Armezindo, Sebastião, Creuza, Lídia, Odete e Valdomira.
Atualmente, oito irmãos estão vivos. Em 1962, Horácio, que era conhecido pelo apelido de “Belico”, adquiriu 55 alqueires no município de Fernandópolis, à época a Alta Araraquarense, hoje região Noroeste Paulista. A cidade estava em formação e essas terras foram compradas da família do fundador Joaquim Antônio Pereira.
“Belico” era pecuarista, trabalhando na produção leiteira e na cafeicultura. Assíduo colaborador de eventos beneficentes promovidos pela Igreja Católica e de entidades assistenciais, como o Parque Residencial São Vicente de Paulo, “Asilo dos Velhinhos”, ele sempre doava prendas – bois e bezerros – para os tradicionais leilões.
Entusiasta e ativo participante das primeiras edições da Exposição, sua grande ligação com o evento e a música sertaneja o levou a ser citado na canção “7ª Exposição de Fernandópolis”, de Vieira e Vieirinha, quando os cantores homenagearam o amigo “Belico”. Senhor Horácio Fernandes Beata faleceu aos 84 anos, no dia 7 de fevereiro de 2001.
Jornal O Extra