O Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão, em Belo Horizonte, Minas Gerais, foi o palco da maior goleada em uma semifinal de Copa do Mundo, há exatos dez anos atrás.
Brasil e Alemanha disputavam por uma vaga no maior torneio do esporte no mundo. Ambas as seleções chegavam, até aquele momento, com uma campanha muito positiva: além de primeiras colocadas em suas respectivas fases de grupos, invictas. O clima festivo era vivenciado em solo brasileiro praticamente todos os dias, desde o início da competição, quando a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari venceu a Croácia por 3 a 1. Pouco mais de um ano antes do fatídico 8 de julho de 2014, o Brasil vencia a Copa das Confederações em cima da poderosa e temida Espanha – campeã do mundo em 2010 e da Eurocopa em 2012 – além dos triunfos diante da Itália e do Uruguai, na mesma competição.
No confronto das quartas de final, o a Seleção Brasileira perdeu seu melhor jogador e principal referência da equipe. No confronto contra a Colômbia, Neymar sofreu uma fratura na terceira vértebra da coluna, após levar uma joelhada nas costas do leteral-direito Zuniga. Sem a tecnologia do árbitro de vídeo, o lance se quer foi revisto, e o atleta foi retirado de campo. Por volta das 20h30, o resultado médico anunciava que o camisa 10 do Brasil estava fora do torneio.
Na vaga de Neymar, Felipão optou pela entrada de Bernard, que, taticamente, oferecia à equipe uma postura ofensiva. A partida aparentou equilíbrio durante os primeiros minutos de jogo, mas, aos 11, o gol de Thomas Müller mudou totalmente o rumo da partida. Aos 22 minutos, o veterano alemão Klose, marcava o segundo gol, ultrapassando Ronaldo Fenômeno na artilharia da competição, com 16 gols marcados. Até o minuto 29, Khedira e Kroos, que marcou duas vezes, ampliavam o placar para 5 a 0.
Não haviam palavras para descrever um momento como aquele. Para onde se apontavam as câmeras no estádio, só se via a perplexidade no olhar do torcedor, além das lágrimas e um sentimento jamais vivenciado pelo torcedor da Seleção.
Schürrle, que entrou na segunda etapa, sacramentou a goleada, marcando dois gols, aos 24 e 34 minutos. O meia Oscar foi quem marcou o único gol do Brasil, aos 45 minutos, definindo uma das expressões que é utilizada até hoje: “todo dia um 7×1 diferente”. O placar também foi a pior derrota sofrida por um país anfitrião na história da competição.
Onde estão os brasileiros que entraram em campo naquele dia?
Júlio César (goleiro): Encerrou a carreira em 2018, no Flamengo
Maicon (lateral-direito): Encerrou a carreira em 2022, pelo Tre Penne, de San Marino
David Luiz (zagueiro): 37 anos, titular no Flamengo, comandado por Tite
Dante (zagueiro): 40 anos, atua no Nice, da França
Marcelo (lateral-esquerdo): 36 anos, titular e um dos principais jogadores do Fluminense
Fernandinho (volante): 39 anos, atua no Athletico-PR
Luiz Gustavo (volante): 36 anos, atua no São Paulo
Oscar (meia-atacante): 36 anos, capitão do Shanghai Port, da China
Hulk (atacante): 37 anos, um dos principais jogadores do futebol brasileiro, atua no Atlético-MG
Fred (atacante): Encerrou a carreira em 2022, no Fluminense
Bernard (ponta-esquerdo): 31 anos, anunciado pelo Atlético-MG em janeiro e aguardando a abertura da janela de transferências para chegada oficial
Atletas que entraram ao longo da partida:
Paulinho (meia-central): 35 anos, recentemente teve o contrato rescindido com o Corinthians e sem definição de futuro
Ramires (volante): Encerrou a carreira em 2022, no Palmeiras
Willian (ponta-esquerda): 35 anos, atua no Fulham, da Inglaterra