A vereadora paulista Janaína Lima (Novo) foi ouvida nesta quarta-feira, 15, no inquérito sobre a briga com a também vereadora e correligionária Cris Monteiro (Novo) no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo no mês passado. Em depoimento no 1 º Distrito Policial, na região central da capital paulista, ela narrou ao delegado Fábio Daré sua versão sobre o entrevero com a colega de partido e entregou um parecer técnico de 41 páginas para corroborar o relato.
Janaína voltou a afirmar que foi imobilizada por Cris Monteiro no banheiro e acusou a colega de bater duas vezes sua cabeça contra a parede. Também afirmou que sofre de epilepsia e as agressões desencadearam uma crise durante a briga. “Sua mandíbula acabou travando, seu corpo passou a ter formigamento, sentiu falta de ar”, diz o termo de depoimento.
Na versão da vereadora, ela apenas tentou “repelir” as agressões e se “desvencilhar” da colega. O depoimento diz ainda que Cris Monteiro escorregou e caiu no chão pouco antes da entrada de outras pessoas no banheiro.
O delegado questionou Janaína sobre a suposta declaração dada por ela ao sair do banheiro, de que teria “quebrado a cara” da colega. Ela disse que “acha difícil” ter dito isso, “mesmo estando sob forte emoção”.
Além do depoimento, os advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Fábio Castello Branco Mariz de Oliveira entregaram o laudo técnico que reconstitui o episódio e coloca sob suspeita as lesões no pescoço de Cris Monteiro.
“Não se pode descartar que a lesão tenha sido provocada por terceiros, a pedido da pessoa que aparece na fotografia (simulação de lesão), se foi provocado por ela mesma (autolesão), ou se, quando, por contato físico entre ela e a Vereadora Janaina, pode ter havido lesão contusa, mesmo sem haver dolo de Janaina”, diz um trecho do documento.