segunda-feira, 23 de setembro de 2024
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Vereador quer tempo de dez minutos destinados à mensagem espiritual na Câmara

O vereador Valdir Pinheiro polemizou mais uma vez ,ao fazer uma indicação ao presidente da Câmara,Chico Arouca, para que o Legislativo destine o tempo máximo de dez minutos para a…

O vereador Valdir Pinheiro polemizou mais uma vez ,ao fazer uma indicação ao presidente da Câmara,Chico Arouca, para que o Legislativo destine o tempo máximo de dez minutos para a mensagem espiritual.

As orações são realizadas atualmente sem tempo limite, ao início e término das sessões.Pinheiro se explicou à nossa reportagem dizendo que “temos que prestar conta à Deus não somente 10 minutos, mas a vida inteira”.

O presidente Chico Arouca já adiantou ao RN que não vai aceitar a indicação do vereador e acrescentou que foi traído, na sessão desta terça-feira, por Pinheiro:

“Deixei ele fazer a mensagem espiritual(no final da sessão) porque sei que ele gosta.Aí ele usa o espaço para explicações pessoais.Tá tudo errado.Vou conversar seriamente com ele sobre isso”.

Arouca se refere à outro gesto polêmico de Valdir Pinheiro,que durante a oração de encerramento da sessão da noite de ontem, criticou o jantar ocorrido na Unimed, em comemoração aos 30 anos do hospital.Pinheiro disse que “não havia Deus” no evento pelo simples fato de os presentes não rezarem antes de comer.

Um vereador, que não quis, ser identificado, criticou duramente o colega: “ele levou toda a família dele pro jantar, comeram do bom e do melhor e agora vem falar que não tinha Deus lá? é sacanagem isso”.

Sobre a indicação de Pinheiro para o tempo de dez minutos para oração na Casa, todos os vereadores foram ouvidos pelo RN e se posicionaram radicalmente contra a ideia.

O vereador Ademir de Almeida chegou a debochar da indicação: “Você tá de brincadeira comigo né?”. André Pessuto fez questão de lembrar que o “estado é laico, e a Câmara Municipal não é igreja”.

Em tom de ironia, Rogério Chamel afirmou que se tiver dez minutos destinados á oração, tem que se realizar uma oração ecumênica, dando espaço para evangélicos, católicos, budistas, espíritas, candomblé, etc.

Até o vereador Humberto Machado, que é pastor e consequentemente cristão foi contra e ressaltou:”não precisa de tanto”.

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