A Câmara Municipal de Reserva do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, cassou o mandato do vereador Claudeir Fidelis (PSB) por quebra de decoro parlamentar. Ele foi flagrado sacando uma arma de fogo durante uma discussão com um homem no Plenário da Câmara Municipal da cidade.
Imagens da câmera de monitoramento registraram a confusão, ocorrida em 28 de novembro de 2022.
O g1 procurou o vereador cassado, mas até a publicação desta reportagem não havia obtido retorno.
A decisão de cassá-lo, prevista no Regulamento Interno da Câmara, foi tomada na quinta-feira (13) por seis votos favoráveis e dois contrários. O Legislativo entendeu que Claudeir descumpriu duas condutas: a de “comportamento vexatório” e a de “porte de arma no recinto da Câmara”.
No julgamento, as atitudes dele foram consideradas “incompatíveis com o decoro parlamentar”.
Segundo a Câmara, quem deve substituí-lo é o suplente Adir Siqueira (PSB). A posse está marcada para o dia 24 deste mês.
De acordo com a Polícia Civil, o vereador cassado é ex-policial militar e tem direito a porte de arma. O homem com quem ele discutia no plenário registrou o caso como ameaça.
Relembre o caso
Claudeir Fidelis (PSB), um dos vereadores de Reserva do Iguaçu, foi flagrado sacando uma arma de fogo durante uma discussão com um homem dentro do Plenário da Câmara Municipal da cidade.
Nos registros, é possível ver Fidelis e o homem conversando. Em seguida, os ânimos parecem se exaltar e outras pessoas se aproximam para tentar acalmá-los.
Entretanto, o vereador tira uma arma de dentro de uma bolsa e mostra para o homem. As pessoas saem do local e vão buscar ajuda. Os dois continuam discutindo e Fidelis guarda a arma na cintura.
Conforme o Boletim de Ocorrência registrado à época, a briga começou porque o homem confrontou o vereador sobre comentários feitos durante uma sessão da câmara sobre a esposa dele.
O homem relatou à polícia que a esposa é enfermeira em um posto de saúde municipal e o vereador afirmou na tribuna que uma paciente foi mal atendida pela mulher.
De acordo com o documento, Fidelis afirmou ainda que a paciente precisou ir para outra cidade para ser atendida e que, “se a profissional não estivesse a fim de trabalhar, que procurasse outra coisa”.
Segundo o homem, os comentários são caluniosos e foi a própria paciente que decidiu não dar continuidade ao atendimento.