Foi um dia cheio, sem dúvida. Nicodemos Ferreira dos Santos, 52 anos, vereador do município de Mauá da Serra, cidade do Norte do Paraná, foi detido em Curitiba, capital do Estado, com dois papelotes de cocaína.
Ele disse que a droga não era dele, assinou um termo circunstanciado e foi liberado pela polícia. Foi aí que começou seu martírio. Assim que saiu da delegacia, Nicodemos foi perseguido pelos repórteres para dar uma declaração sobre a droga e começou a correr desesperadamente. Os repórteres, bravos, correram atrás.
Para fugir do constrangimento, ele começou a tentar entrar em táxis, mas nenhum motorista quis levá-lo. Sem saída, ele entrou em uma boate de striptease para se esconder, já que era um dos poucos lugares abertos naquela hora e naquela região. Acabou expulso de lá por uma suposta garota de programa, e a safanões. A moça chegou a tirar a camisa do vereador quando tentou puxá-lo com raiva. Nesse momento, o repórter chega para perguntar mais uma vez sobre a cocaína.
E este exato momento, sem camisa, apanhando na rua de uma garota de programa e questionado sobre o uso de cocaína, ele nunca mais vai esquecer.
