segunda, 18 de novembro de 2024
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Vereador é absolvido em caso de postagem considerada homofóbica

Comissão presidida pelo vereador Bruno Moura (PSDB) e composta ainda pelo relator Julio Donizete (PSD) e pelo membro Celso Peixão (MDB) absolveu nesta segunda-feira o colega Anderson Branco (PL), que…

Comissão presidida pelo vereador Bruno Moura (PSDB) e composta ainda pelo relator Julio Donizete (PSD) e pelo membro Celso Peixão (MDB) absolveu nesta segunda-feira o colega Anderson Branco (PL), que era investigado na Câmara de Rio Preto. Trata-se do caso de publicações dele no Facebook e Instagram, consideradas racistas e homofóbicas.

“Na comissão de inquérito, o Bruno Moura, o Cabo Julio e o Peixão entenderam que não houve ofensa e por isso o caso foi arquivado”, afirmou o presidente do Conselho de Ética, Paulo Pauléra. O vereador poderia ser punido com advertência ou até cassação de mandato. Sobre outro caso, uma representação no conselho apresentada por Renato Pupo contra Branco, foi rejeitada pelo conselho. “Essa o conselho nem acatou. Só porque um falou que o outro não tinha vergonha?”, indagou Pauléra.

Sobre as postagens, em que o vereador Branco usou a ilustração de uma mão, branca, segurando o punho de outra mão, negra e com garras, usando as cores do arco-íris, o acusado disse que tinha sido mal-interpretado. Ele negou que tivesse a intenção de praticar racismo ou homofobia. Na figura postada, a mão branca parece estar afastando um suposto agressor de uma figura de crianças.

“A referida postagem, calcada em minha religiosidade e dogmas espirituais, reflete única e exclusivamente aquilo que professo e pratico no âmbito de minha entidade familiar, sem adentrar no mérito do sem número de possibilidades de composição de núcleos familiares que compõem a vida em sociedade, tão rica, dinâmica e legitimada no desenho constitucional atual”, afirmou Branco em carta publicada logo após a repercussão do caso.

“Em nenhum momento incitei a discriminação, estimulei hostilidade ou provoquei a violência física ou moral contra qualquer pessoa em razão de sua orientação sexual ou de sua identidade de gênero. A minha manifestação externa as convicções religiosas que vigem no seio da minha família (vide a expressão “nossa família”, no singular) e não tem o intuito de impor qualquer modelo familiar como ideal ou único a núcleos que não o meu.”

Ele acrescentou: “Com relação a postagem da imagem não quis fazer qualquer alusão sobre raça, cor ou orientação sexual, mas sim sobre a proteção da família e das crianças em detrimento do mal. Não há qualquer conotação das cores com a mensagem que gostaria de passar, pois a imagem foi aproveitada de uma publicação feita por terceiro na rede social.”

O caso foi arquivado na Câmara, mas segue em investigação na polícia, após representações apresentadas por pessoas que se consideraram ofendidas. Inquérito na Delegacia Seccional apura se Branco cometeu crime com as publicações.

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