As vendas por meio da internet no Brasil cresceram 45% nos seis primeiros meses do ano em relação ao mesmo período de 2007, totalizando R$ 3,8 bilhões. Os dados foram divulgados hoje pelo o e-bit, instituto de pesquisas sobre comércio eletrônico, e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net). Segundo o relatório WebShoppers, o aumento do número de usuários conectados e as facilidades nos meios eletrônicos de pagamento alavancaram as vendas.
O número de consumidores na internet atingiu 11,5 milhões de pessoas no primeiro semestre, alta de 42% na comparação com os seis primeiros meses do ano passado. “As facilidades de pagamento parcelado e a queda de preço dos computadores fizeram com que o comércio eletrônico tivesse um crescimento relevante no ano por conta da entrada de novos consumidores na web, principalmente da classe C”, afirmou o diretor-geral do e-bit, Pedro Guasti.
De acordo com a pesquisa, o porcentual de consumidores com renda familiar de R$ 1 mil a R$ 3 mil realizando compras na internet encerrou o semestre em 38%, ante 32% de 2001. Enquanto isso, as pessoas com renda de até R$ 1 mil foram responsáveis por 8% das transações, ante uma participação de 6% em 2001. “A classe C é a que vem apresentando a maior freqüência nas compras pela internet, principalmente de informática”, explicou Guasti.
Já o nível de satisfação com o mecanismo de venda oferecido pelas lojas na internet ficou em 86% de janeiro a junho, contra 78% registrado em 2001. “Os consumidores estão derrubando os medos e as restrições que tinham em fazer suas primeiras compras pela internet. E a tendência é de crescimento contínuo, já que depois da primeira experiência o internauta percebe as vantagens, como melhores preços”, afirmou o presidente da camara-e.net, Manuel Matos.
O valor médio de gastos em cada compra online apresentou um incremento de 9% de janeiro a junho, para R$ 324,00. Entre os produtos mais adquiridos via web estão livros, com uma participação de 17% sobre o volume de pedidos, seguidos por informática (12%), saúde e beleza (10%), eletrônicos (7%) e eletrodomésticos (6%)