sábado, 23 de novembro de 2024
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Vendas e receita nominal do comércio voltam a crescer

O comércio varejista do país fechou o mês de fevereiro com crescimento em relação a janeiro tanto no volume de vendas como na receita nominal. A constatação é da Pesquisa…

O comércio varejista do país fechou o mês de fevereiro com crescimento em relação a janeiro tanto no volume de vendas como na receita nominal. A constatação é da Pesquisa Mensal do Comércio (PME) divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em fevereiro, na série com ajuste sazonal, o comércio varejista brasileiro fechou com crescimento de 1,2% em relação a janeiro, a maior expansão desde os 3% de julho de 2013. Já a receita nominal aumentou 1,3%.

Segundo o IBGE, apesar do crescimento de janeiro para fevereiro no volume de vendas, a expansão não foi suficiente para compensar a queda de 4,1% acumulada nos dois meses anteriores. Com isto, a média móvel trimestral encerrada em fevereiro continuou negativa (-1%) pelo terceiro mês consecutivo.

Na comparação com fevereiro de 2015, série sem ajuste sazonal, o volume de vendas do varejo recuou (-4,2%), neste caso a décima primeira taxa negativa seguida, embora com percentual menos acentuado do que o observado em janeiro, quando a retração comparativamente a janeiro de 2015 havia sido de -10,3%.

Varejo em queda

Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio indicam, também, que o setor fechou os dois primeiros meses de 2016 com queda acumulada nas vendas do varejo de 7,6%, enquanto a taxa anualizada (últimos 12 meses) encerrou fevereiro com retração de 5,3% – taxa idêntica à do mês anterior.

Quanto ao volume de vendas do comércio varejista ampliado (varejo e mais as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção) houve, de janeiro para fevereiro, na série com ajuste sazonal, crescimento de 1,8% , enquanto a receita nominal subiu 2,9%.

Já em relação a fevereiro de 2015, as variações indicam que o comércio varejista ampliado fechou o segundo mês do ano com queda de 5,6%, enquanto a receita nominal cresceu 3,3%. No ano, o volume de vendas, no entanto, caiu 10,1%, resultado que passou a uma queda de 9,1% no acumulado dos últimos 12 meses. Já as receitas nominais caíram 1,3% no ano e 1,8% no acumulado dos últimos 12 meses.

Análise

O crescimento de 1,2% do comércio varejista em fevereiro deste ano frente a janeiro, na série livre da sazonalidade do período, reflete expansão em quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE.

A principal influência positiva ocorreu na atividade de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 5% e também por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com expansão de 0,8%, mas com peso maior na composição do indicador.

Com o crescimento da atividade de móveis e eletrodomésticos, o setor reverte queda acumulada de 13,2% de dezembro e janeiro, comparativamente a igual período imediatamente anterior (dezembro de 2014 e janeiro de 2015); e no caso de hipermercados e supermercados, reverte três meses de quedas consecutivas, quando a retração acumulada foi de 3,7%. Também teve crescimento a atividade de combustíveis e lubrificantes (0,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos (0,3%).

Na outra ponta, fecharam com resultados negativos tecidos, vestuário e calçados (-2,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,4); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).

Já comércio varejista ampliado cresceu 1,8% no volume de vendas entre janeiro e fevereiro influenciado pelo segmento de veículos e motos, partes e peças, que expandiu 3,8% no período e por material de construção (3,3%).

Taxa negativa

Quando as vendas do comércio varejista de fevereiro deste ano são comparadas com fevereiro de 2015 o resultado é uma queda de 4,2% no volume comercializado com a décima primeira taxa negativa consecutiva. O resultado reflete taxas negativas em sete das oito atividades investigadas.

A maior contribuição veio de móveis e eletrodomésticos, com queda de 10,9%; seguida de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%); tecidos, vestuário e calçados (-10,8%); e combustíveis e lubrificantes (-4,1%).

A única atividade com impacto positivo no resultado global no varejo foi a de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos com crescimento de 6,2%.

Quanto ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, a queda de 5,6% – comparativamente a fevereiro de 2015 – foi a vigésima primeira taxa negativa consecutiva. Segundo o IBGE, a redução das vendas no segmento decorre da menor oferta de crédito, restrição orçamentária das famílias e desaceleração do crescimento real dos salários.

Por estados

De janeiro para fevereiro de 2016, o volume de vendas do comércio varejista cresceu em 17 das 27 unidades da federação, com destaque para os locais que avançaram acima da média brasileira (1,2%): Tocantins (3,3%), Paraná (3,2%), Espírito Santo (2,8%), Minas Gerais (2,5%), Rio de Janeiro (2,2%), Amazonas (2,1%), Amapá (1,4%) e São Paulo (1,4%). Com taxas negativas aparecem Sergipe (-3,7%), Mato Grosso (-1,8%) e Rio Grande do Norte (-1,7%).

Já na comparação com fevereiro de 2015, o volume de vendas caiu em 25 estados, com destaques pelo lado negativo para o Amapá (-17,1%), Sergipe (-12,8%) e Amazonas (-10,8%). No entanto, as participações negativas mais intensas sobre a taxa do varejo vieram de São Paulo (-3,6%) e do Rio de Janeiro (-6,5%).

Já no comércio varejista ampliado, o volume de vendas recuou em 24 estados em relação a fevereiro de 2015, com destaque para o Amapá (-18,6%) e Sergipe (-14,6%); além do Espírito Santo, com retração de 13,2%, e do Maranhão (-12,9%).

As únicas taxas positivas no volume de vendas ocorreram em Rondônia (-5,6%), Roraima (2,2%) e Minas Gerais (0,9%). Já os impactos mais negativos no resultado global do setor (-5,6%) vieram do Rio de Janeiro (-9,4%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-8,4%).

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