terça-feira, 24 de setembro de 2024
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Venda do estádio Teixeirão fracassa mais uma vez

Pela segunda vez, ninguém se interessou em comprar o estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão, durante leilão realizado na quinta-feira (dia 23). O estádio é o único património do América Futebol…

Pela segunda vez, ninguém se interessou em comprar o estádio Benedito Teixeira, o Teixeirão, durante leilão realizado na quinta-feira (dia 23). O estádio é o único património do América Futebol Clube e a tentativa fracassada frustrou os ex-funcionários que levaram calote do clube. A Justiça deve remarcar em breve uma outra data. Havia a expectativa de que pelo menos três grupos empresariais poderiam se interessar pelo Teixeirão.

Localizado na Bela Vista, o estádio conta com uma área de 43 mil metros quadrados – 3,8 mil metros quadrados de área construída –, que está avaliado judicialmente em R$ 35 milhões. Entretanto, o lance mínimo seria de R$ 21 milhões, o que representa 60% do montante da avalição. Em março do ano passado, o estádio estava avaliado em R$ 41 milhões.

O estádio vai a leilão para pagar cerca de 140 ações trabalhistas contra o América, que deve ultrapassar os R$ 6,8 milhões (valor atualizado em julho de 2014). A novela sobre o leilão do Teixeirão teve um capítulo novo neste mês. A juíza titular da Vara do Trabalho de Rio Preto, Daniela Ferreira Borges, desqualificou a lei do ex-vereador e conselheiro do clube Dourival Lemes, que obrigava quem comprar a destinar o local para fins desportivos. Consta no despacho da juíza que “havendo arrematante, a venda judicial ocorrerá livre de quaisquer ônus, podendo este dar ao imóvel o fim que desejar, incluindo eventual demolição da construção ali existente”. Agora, o Ministério Público vai apurar as responsabilidades do poder público referente a lei do ex-vereador, que um mês antes do primeiro leilão da área foi sancionada pelo prefeito Valdomiro Lopes (PSB). No primeiro leilão houve 70 inscrições de compra, mas no dia ninguém quis arrematar.

O presidente José Carlos Pereira Neto, o Zé Branco, afirma que há muito tempo trabalha para que o estádio não seja leiloado. “Inclusive já temos um investidor interessado. Não estou vibrando por não ter aparecido comprador, mas quando vejo como isso é feito, machuca muito. Agora vamos correr para viabilizar o pagamento das dívidas, pois daqui uns dias vão colocar o estádio a venda por R$ 5 milhões. Eu não compraria porque sei de todos os problemas”, disse ele, ressaltando ainda que preferiu não acompanhar o leilão.

Gazeta de Rio Preto

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