Como fez contra brasileiros conservadores e de direita, mandando um a um para a cadeia, é o que se espera que o ministro Alexandre de Moraes faça com a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, a “amante” nas listas de propinas da Odebrecht. Afinal, ela atentou contra a democracia e as instituições, não é ministro, quando disse que o TSE deve ser fechado, extinto, etc, certo? Não foram estas as acusações contra aliados de Jair Bolsonaro? Como não serão estes os crimes da Narizinho, outro codinome dela, não é?
Sim. Só que não!
Não! Ele não vai prender a amante. Ontem mesmo, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal, divulgou uma inútil nota de repúdio às declarações dela. “O Tribunal Superior Eleitoral repudia afirmações errôneas e falsas realizadas no intuito de tentar impedir ou diminuir o necessário controle dos gastos de recursos públicos realizados pelos partidos políticos, em especial aqueles constitucional e legalmente destinados às candidaturas de mulheres e negros. Lamentavelmente, a própria existência da Justiça Eleitoral foi contestada por presidente de partido político, fruto do total desconhecimento sobre sua importância, estrutura, organização e funcionamento.” Lindo, porém, inútil.
Por que isso agora?
Que fique bem claro: Gleisi Hoffmann partiu pra cima do TSE porque não quer que partidos políticos sejam multados por, por exemplo, não prestarem contas do uso de dinheiro do fundo partidário, que sai dos cofres públicos. Ela e todos os presidentes de partidos de esquerda querem gastar sem dar satisfações a ninguém, inclusive com a votação acelerada de uma proposta de emenda à Constituição que prevê inocentar legendas que não cumpriram a regra de proporcionalidade nos gastos com candidaturas de acordo com critérios de cor e gênero.
FPA endurece contra o STF
“Se for preciso, podemos convocar uma constituinte para discutir as atribuições de cada poder”. A fala é de Pedro Lupion, deputado federal pelo PP do Paraná e presidente da poderosa FPA, a Frente Parlamentar do Agronegócio, grupo que reúne quase 400 dos 594 deputados e senadores do Congresso, e foi dita após os iluministros rejeitarem a tese do marco temporal das terras agrícolas, nesta quinta-feira (21), gerando a maior ameaça da história contra o agronegócio brasileiro.
Sem noção
Ao definirem o placar de 9 votos a 2 contra a tese, o STF deixa claro para o Brasil que não sabe nem o mínimo do agronegócio e sua importância para o mundo. Em seus votos, os sete que rejeitaram a fixação do marco na data de promulgação da Constituição, em 1988, revelam claramente que a decisão da corte é política, alinhada com um progressismo mundial, esquerdista, que não tem a economia e a segurança jurídica do país como focos principais.
Trilhões de reais
A possível indenização a proprietários que serão obrigados a sair de terras – se este julgamento do STF realmente valer – terá que ser paga por prefeituras e estados, que já estão quebrados há muito tempo. Serão trilhões de reais que prefeitos e governadores terão de arrumar. De onde? Esta é uma das faces desta decisão macabra que, sem nenhum pudor, revela os interesses de ONGs, grupos de defesa dos “índios coitadinhos”, e de empresas, etc. Logo estas terras terão outros donos. Pode anotar.
Reações
FPA e CNA (Confederação Nacional da Agricultura), além de dezenas de entidades do agro, como Aprosoja, Abrapa e a União dos Produtores de Cana de Açúcar, entre outras, já estão reagindo contra a suprema justiça e querem urgência na votação de leis e PECs, pelo Senado e a Câmara, que impeçam a aplicação da legislação criada por iluministros. E vão pressionar para que o Supremo tenha seus poderes limitados, diante de absurdos que estão sendo executados a olhos vistos da Nação.
Nomes anotados
Votaram contra o agronegócio: Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso, além de Édson Fachin, relator da ação. Nunes Marques e André Mendonça foram a favor.
Mais uma!
Advogados de Jair Bolsonaro negam em nota emitida nesta quinta que ele tenha participado de qualquer reunião com a cúpula do Exército para avaliar a possibilidade de um golpe de Estado, em 2022, como supostamente teria revelado em delação à Polícia Federal o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e abusivamente explorado pela esquerda comunista e a imprensa golpista, nos últimos dias. É mais uma tentativa de fazer grudar em Bolsonaro acusações que o Brasil sabe quem tem experiência em atos assim, sob o manto do Poder Judiciário.
Bolsonaro será candidato!
Esta coluna alertou, ontem, para o andamento de um jogo que dará, com absoluta certeza, os direitos políticos de Bolsonaro. No jogo há nomes fortes, liderados por Michel Temer, e o esquema tático passa pelo TSE – o puxadinho do STF -, a Polícia Federal, a presidência nacional do PT e a do grupelho do Psol, e até pelo presídio de Campo Grande. Gol na certa!
VOCÊ SABIA?
A faixa presidencial usada por Bolsonaro em 2019 e por Lula neste ano ficou “desaparecida” desde que passou pelo peito de Dilma Rousseff na posse do segundo mandato, em 2017. O objeto foi localizado em alguma sala de depósito do Palácio do Planalto no final de 2018.
FRASE DO DIA
Do senador Randolfe Rodrigues – @randolfeap -, sobre ações do Parlamento contra a decisão do STF favorável a indígenas na questão do marco temporal.
“Vitória dos povos originários! O STF formou maioria para derrubar a tese do marco temporal. Qualquer decisão acerca do tema p